Dossiê 012 - Entrevista com Paulo de Tarso Carneiro

Área de identificação

Código de referência

BR RS AHMJSA BMO-01-01-012

Título

Entrevista com Paulo de Tarso Carneiro

Data(s)

  • 13.12.2013 (Produção)

Nível de descrição

Dossiê

Dimensão e suporte

02 (dois) CDs, 03 (três) documentos eletrônicos de áudio, 02 (dois) documentos eletrônicos de texto

Área de contextualização

Nome do produtor

(n.13/05/1942)

Biografia

Nasceu em 13 de maio de 1942, na cidade de Alegrete, Rio Grande do Sul (Brasil), onde realizou o primário no Colégio Osvaldo Aranha. Filho de José Pacífico Carneiro, operário da viação férrea, e da dona de casa Maria Amália Carneiro. A política fazia parte do cotidiano familiar desde cedo: o pai era getulista e concorreu a vereador pelo Partido Social Democrático (PSD), em Alegrete; já a mãe, muito católica, apoiava a União Democrática Nacional (UDN). Por volta de 1954, a família mudou-se para o Bairro Navegantes, em Porto Alegre (RS). Na capital, o entrevistado estudou na Colégio Luterano da Paz, na Escola Protásio Alves e no Colégio Estadual Júlio de Castilhos, o “Julinho”. Nesse último local vivenciou a efervescência da militância estudantil e política e aproximou-se do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Posteriormente, filiou-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), devido à ilegalidade do PCB. Trabalhou como mandalete e, para incrementar a renda familiar após a morte do pais, ensinava matemática aos colegas na escola. Foi funcionário público municipal e atuou no Pronto Socorro de Porto Alegre. Trabalhou no Sulbanco, também na capital, ingressando no Sindicato dos Bancários. Foi funcionário do Banco do Brasil, em Garibaldi (RS). Em 1968, iniciou o curso de filosofia na Universidade de Caxias do Sul (UCS), porém não chegou a concluir. Participou do Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Ibiúna (SP), no ano de 1968. Foi preso por doze dias junto a muitos outros estudantes que estavam no congresso. Integrou a Vanguarda Revolucionária Palmares (VAR Palmares), em Caxias do Sul. Em Garibaldi, onde trabalhava, foi preso novamente no dia seis de abril de 1970. Após a prisão, foi detido na Delegacia de Polícia de Caxias do Sul, até ser transferido para Porto Alegre. Na capital, permaneceu preso por um ano e um mês e foi torturado no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). Em liberdade, ingressou na Universidade Federal do Rio do Grande do Sul (UFRGS) para cursar Direito. Como ex-preso político vivenciou dificuldades para colocar-se no mercado de trabalho. Com a anistia, voltou a trabalhar no Banco do Brasil até a aposentadoria em 1991. Trabalhou no gabinete de Tarso Genro (1993-1997) e de Raul Pont (1997-2001), do Partido dos Trabalhadores (PT), durante as respectivas gestões na prefeitura de Porto Alegre. Foi diretor de operação portuária no governo Olívio Dutra (1999-2003), e Diretor de Portos, no primeiro governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006).
Dados extraídos da entrevista.

Nome do produtor

(1980)

História administrativa

A Unidade Banco de Memória Oral iniciou suas atividade em 1980 e está em constante ampliação de seu corpus documental com o registro da memória de diferentes sujeitos e comunidades por meio de entrevistas semidirigidas.

A História Oral é a metodologia de pesquisa e registro de fontes voltadas ao estudo da História, da Antropologia e das Ciências Sociais. Consiste na realização e transcrição de entrevistas com pessoas que testemunharam os acontecimentos de seu tempo ou guardam na memória narrativas herdadas de outras gerações: pais, avós ou pessoas mais velhas.
O Banco de Memória do Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami tem como primeira entrevista a história de vida da senhora Aurora Pezzi Ungaretti (1893-1997), em que as lembranças se entrelaçam à história dos primeiros imigrantes italianos e à formação da fisionomia urbana de Caxias do Sul. Mantendo a continuidade do trabalho, o setor conta com mais de mil entrevistas realizadas.

As entrevistas versam sobre diferentes temas: histórias de vida, política, educação, cultura, arte, associativismo, industrialização, sindicalismo, religião, esporte, entre outros. Os relatos também retratam a vida cotidiana, revelando valores, costumes, hábitos e a trama das relações sociais e familiares. A faixa etária dos entrevistados, oriundos de diversos segmentos sociais, se estende dos 20 aos l06 anos, o que é representativo para uma cidade que recebeu seus primeiros colonizadores em 1875. A lembrança de um passado tão recente permite a recomposição do cotidiano rural e urbano de nossa cidade.

Por trabalhar com “arquivos vivos”, o Banco de Memória oportuniza fontes históricas que, no seu conjunto, transcendem a memória individual integrando-se à memória coletiva. As narrativas complementam-se mutuamente, contribuindo para a construção de uma História Pública. Nesse sentido, a História Oral tem a sensibilidade de ouvir e reconhecer a riqueza do testemunho e, assim, pode dialogar com a historiografia oficial, com os documentos escritos; escutar a voz de diferentes sujeitos históricos para fazer a história de todos.

História do arquivo

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Área de conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

O dossiê refere-se à entrevista de Paulo de Tarso Carneiro sobre sua formação política e a luta contra a ditadura civil-militar no Brasil (1964-1985). Aborda questões relativas à militância estudantil e política, ao ingresso no Partido Comunista Brasileiro (PCB) e na Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR Palmares). Nesse sentido, o entrevistado discorre sobre: a atividade junto aos estudantes de filosofia e aos operários em Caxias do Sul (RS); o Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Ibiúna (SP); a permanência de um ano e um mês na prisão localizada na “Ilha do Presídio”, em Porto Alegre (RS); os interrogatórios e as torturas promovidas pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), em 1970; e a posterior atuação nos governos do Partido dos Trabalhadores em âmbito regional e nacional.

Constituem esse dossiê os itens:

BMO.01.01.012.001.SIN
BMO.01.01.012.002.TRA
Síntese e transcrição da entrevista com Paulo de Tarso Carneiro;

BMO.01.01.012.003.AUD-1
BMO.01.01.012.003.AUD-2
BMO.01.01.012.003.AUD-3
Áudios da entrevista com Paulo de Tarso Carneiro;

BMO.01.01.012.004.DM-1
BMO.01.01.012.004.DM-2
Discos de mídia da entrevista com Paulo de Tarso Carneiro.

Avaliação, seleção e eliminação

Incorporações

Sistema de arranjo

Área de condições de acesso e uso

Condições de acesso

Condiçoes de reprodução

Idioma do material

    Sistema de escrita do material

      Notas ao idioma e script

      Características físicas e requisitos técnicos

      Instrumentos de descrição

      Área de materiais associados

      Existência e localização de originais

      Existência e localização de cópias

      Unidades de descrição relacionadas

      Descrições relacionadas

      Área de notas

      Nota

      Tempo de duração da entrevista: 108 minutos

      Nota

      Roteiro e entrevista: Sônia Storchi Fries e Orlando Michelli; Transcrição: Sônia Storchi Fries, 6, 7, 8, 9 de janeiro de 2014; Revisão: Sônia Storchi Fries, 9 de janeiro de 2014; Revisão: Fabiana Zanandrea, abril de 2018

      Nota

      Código da entrevista na base ABCD: CD 242, 243

      Identificador(es) alternativos

      Pontos de acesso

      Pontos de acesso local

      Ponto de acesso nome

      Pontos de acesso de gênero

      Área de controle da descrição

      Identificador da descrição

      Identificador da entidade custodiadora

      Regras ou convenções utilizadas

      Estado atual

      Nível de detalhamento

      Datas de criação, revisão, eliminação

      Idioma(s)

        Sistema(s) de escrita(s)

          Fontes

          Área de ingresso