Zona de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- 19/12/2003 (Produção)
- 08/06/2001 (Produção)
Nível de descrição
Dimensão e suporte
02 (duas) fitas cassete, 02 (dois) DVDs, 02 (dois) documentos eletrônicos de áudio, 02 (dois) documentos eletrônicos de texto
Zona do contexto
Nome do produtor
História biográfica
Nasceu em primeiro de abril de 1924. Filho de Aquiles Pizzetti e de Itália Busanello Pizzetti, imigrantes italianos estabelecidos em Criciúma, Santa Catarina (Brasil). Em 1951, o entrevistado mudou-se com a esposa para Caxias do Sul (RS), onde exerceu inicialmente a atividade de sapateiro. Posteriormente, trabalhou na Indústria de Calçados Longhi, na Indústria de Refrigerantes Marabá e aposentou-se como taxista. Estudou no Colégio Supletivo Sindical. Atuou como liderança comunitária no Bairro Medianeira, integrou os Sindicatos Reunidos e o Sindicato da Alimentação e participou da fundação da União das Associações de Bairro (UAB) e das Associações de Moradores de Bairros (AMOB’S). Em 1954, ingressou no Partido Comunista Brasileiro (PCB), clandestino à época, a convite de Percy Vargas de Abreu e Lima. Atuou no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e na Aliança Republicana Socialista (ARS). Pela ARS concorreu ao cargo de vereador, em 1963, tornando-se suplente de Percy Vargas de Abreu e Lima. Com o Golpe Civil Militar (1964), Pizzetti foi preso no mesmo período que Percy Vargas de Abreu e Lima, Henrique Ordovás Filho, Ernesto Bernardi, Bruno Segalla e Leovegildo Campos. Permaneceu encarcerado por trinta e seis dias, porém o processo de interrogatório e o controle de presença estenderam-se por mais seis anos. Durante o regime ditatorial, participou do diretório do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Pizzetti recebeu do Legislativo o título de Cidadão Caxiense, no ano de 1998, e, em 27 de março de 2013, foi agraciado com o Prêmio Caxias do Sul. Faleceu em 25 de dezembro de 2018.
Dados extraídos da entrevista e da Câmara Municipal de Caxias do Sul.
Nome do produtor
História administrativa
A Unidade Banco de Memória Oral iniciou suas atividade em 1980 e está em constante ampliação de seu corpus documental com o registro da memória de diferentes sujeitos e comunidades por meio de entrevistas semidirigidas.
A História Oral é a metodologia de pesquisa e registro de fontes voltadas ao estudo da História, da Antropologia e das Ciências Sociais. Consiste na realização e transcrição de entrevistas com pessoas que testemunharam os acontecimentos de seu tempo ou guardam na memória narrativas herdadas de outras gerações: pais, avós ou pessoas mais velhas.
O Banco de Memória do Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami tem como primeira entrevista a história de vida da senhora Aurora Pezzi Ungaretti (1893-1997), em que as lembranças se entrelaçam à história dos primeiros imigrantes italianos e à formação da fisionomia urbana de Caxias do Sul. Mantendo a continuidade do trabalho, o setor conta com mais de mil entrevistas realizadas.
As entrevistas versam sobre diferentes temas: histórias de vida, política, educação, cultura, arte, associativismo, industrialização, sindicalismo, religião, esporte, entre outros. Os relatos também retratam a vida cotidiana, revelando valores, costumes, hábitos e a trama das relações sociais e familiares. A faixa etária dos entrevistados, oriundos de diversos segmentos sociais, se estende dos 20 aos l06 anos, o que é representativo para uma cidade que recebeu seus primeiros colonizadores em 1875. A lembrança de um passado tão recente permite a recomposição do cotidiano rural e urbano de nossa cidade.
Por trabalhar com “arquivos vivos”, o Banco de Memória oportuniza fontes históricas que, no seu conjunto, transcendem a memória individual integrando-se à memória coletiva. As narrativas complementam-se mutuamente, contribuindo para a construção de uma História Pública. Nesse sentido, a História Oral tem a sensibilidade de ouvir e reconhecer a riqueza do testemunho e, assim, pode dialogar com a historiografia oficial, com os documentos escritos; escutar a voz de diferentes sujeitos históricos para fazer a história de todos.
Entidade detentora
História do arquivo
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Zona do conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
O dossiê refere-se à entrevista de Luiz Pizzetti sobre sua liderança comunitária nas associações de bairro e sindicatos, além de sua atuação política no Partido Comunista Brasileiro (PCB). O relato discorre também sobre as prisões decorrentes do Golpe Civil Militar de 1964 e a trajetória de Percy Vargas de Abreu e Lima, renomado advogado e liderança política do PCB caxiense. Na entrevista, Pizzetti teceu considerações sobre: o legado de Getúlio Dornelles Vargas; a imprensa comunista; a Conferência de Luiz Carlos Prestes em Caxias do Sul; a Campanha da Legalidade (1961); o governo de João Goulart (1961-1964) e as reformas de base; a influência dos Estados Unidos da América na política e na economia brasileira; as prisões, as cassações e a tortura durante a ditadura civil militar (1964-1985); a desarticulação política da União Nacional dos Estudantes (UNE); a morte de Tancredo Neves (1985) e o governo de Fernando Henrique Cardoso.
Constituem esse dossiê os itens:
BMO.01.01.001.001.SIN
BMO.01.01.001.002.TRA
Síntese e transcrição da entrevista com Luiz Pizzetti;
BMO.01.01.001.003.AUD-1
BMO.01.01.001.003.AUD-2
Áudios da entrevista com com Luiz Pizzetti;
BMO.01.01.001.004.FG-1
BMO.01.01.001.004.FG-2
Fitas gravadas da entrevista com Luiz Pizzetti;
BMO.01.01.001.005.DM-1
BMO.01.01.001.005.DM-2
Discos de mídia da entrevista com Luiz Pizzetti.
Avaliação, seleção e eliminação
Incorporações
Sistema de arranjo
Zona de condições de acesso e utilização
Condições de acesso
Condiçoes de reprodução
Idioma do material
Sistema de escrita do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
Instrumentos de descrição
Zona de documentação associada
Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Zona das notas
Nota
Tempo de duração da entrevista: 108 minutos
Nota
Roteiro: Sônia Storchi Fries; Entrevista: Sônia Storchi Fries e Ana Spiandorello Zanini (primeira parte); Sônia Storchi Fries e Verônica Feldkircher (segunda parte); Transcrição: Sônia Storchi Fries, 21 e 22 de setembro de 2001 (primeira parte); 12 janeiro de 2004 (segunda parte); Revisão: Sônia Storchi Fries, 21 de julho de 2011; Revisão: Fabiana Zanandrea, junho de 2018
Nota
O depoimento integrou o Projeto "A Voz da Memória - o passado preservado na tecnologia digital”.
Nota
Código da entrevista na Base ABCD: FG 387/388