Dossiê 006 - Entrevista com José Rubens Pedroso

Área de identificação

Código de referência

BR RS AHMJSA BMO-01-01-006

Título

Entrevista com José Rubens Pedroso

Data(s)

  • 19/10/2004 (Produção)
  • 12/08/2004 (Produção)

Nível de descrição

Dossiê

Dimensão e suporte

02 (duas) fitas cassete, 02 (dois) DVDs, 02 (dois) documentos eletrônicos de áudio, 02 (dois) documentos eletrônicos de texto

Área de contextualização

Nome do produtor

(n. 1940)

Biografia

Nasceu em 1940 na localidade de São Jorge da Mulada, em Criúva, no município de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil), onde viveu até os dezoito anos. Nesse local, trabalhou na agricultura como apoio à subsistência familiar. Filho de Cirino Xavier Pedroso, “estafeta” responsável pela correspondência local, e de Maria Felícia Pedroso. O entrevistado saiu da área colonial com dezoito anos para ingressar no serviço militar em Bento Gonçalves (RS). Após esse período, trabalhou nove anos na Cantina Luís Michielon, em Caxias do Sul, de onde foi demitido por conta da atuação no Sindicato da Alimentação e Bebidas. Realizou o ginásio e o científico no Colégio Noturno para Trabalhadores, atual Escola Presidente Vargas, nessa cidade. Atuou no Grêmio Estudantil, como vice da chapa encabeçada à época por Paulo Paim, congressista brasileiro. Cursou matrizaria, eletricidade e tornearia no Serviço Nacional de Indústria (SENAI). Aproximou-se das ideias comunistas devido ao contato de seu pai com o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e ao ouvir os discursos políticos de Percy Vargas de Abreu e Lima. Em 1968, ingressou na Vanguarda Revolucionária Palmares (VAR Palmares). Foi preso por agentes do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) e torturado por militares em Porto Alegre. Atuou clandestinamente no Partido Comunista do Brasil (PCdoB) após a prisão. Foi presidente da Associação de Moradores do Bairro Cruzeiro, atuou no Conselho Municipal de Saúde, na União das Associações de Bairro (UAB) e no Sindicato dos Funcionários Públicos, em Caxias do Sul. Aposentou-se como servidor público da área de manutenção da Secretaria Municipal de Educação.
Dados extraídos da entrevista.

Nome do produtor

(1980)

História administrativa

A Unidade Banco de Memória Oral iniciou suas atividade em 1980 e está em constante ampliação de seu corpus documental com o registro da memória de diferentes sujeitos e comunidades por meio de entrevistas semidirigidas.

A História Oral é a metodologia de pesquisa e registro de fontes voltadas ao estudo da História, da Antropologia e das Ciências Sociais. Consiste na realização e transcrição de entrevistas com pessoas que testemunharam os acontecimentos de seu tempo ou guardam na memória narrativas herdadas de outras gerações: pais, avós ou pessoas mais velhas.
O Banco de Memória do Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami tem como primeira entrevista a história de vida da senhora Aurora Pezzi Ungaretti (1893-1997), em que as lembranças se entrelaçam à história dos primeiros imigrantes italianos e à formação da fisionomia urbana de Caxias do Sul. Mantendo a continuidade do trabalho, o setor conta com mais de mil entrevistas realizadas.

As entrevistas versam sobre diferentes temas: histórias de vida, política, educação, cultura, arte, associativismo, industrialização, sindicalismo, religião, esporte, entre outros. Os relatos também retratam a vida cotidiana, revelando valores, costumes, hábitos e a trama das relações sociais e familiares. A faixa etária dos entrevistados, oriundos de diversos segmentos sociais, se estende dos 20 aos l06 anos, o que é representativo para uma cidade que recebeu seus primeiros colonizadores em 1875. A lembrança de um passado tão recente permite a recomposição do cotidiano rural e urbano de nossa cidade.

Por trabalhar com “arquivos vivos”, o Banco de Memória oportuniza fontes históricas que, no seu conjunto, transcendem a memória individual integrando-se à memória coletiva. As narrativas complementam-se mutuamente, contribuindo para a construção de uma História Pública. Nesse sentido, a História Oral tem a sensibilidade de ouvir e reconhecer a riqueza do testemunho e, assim, pode dialogar com a historiografia oficial, com os documentos escritos; escutar a voz de diferentes sujeitos históricos para fazer a história de todos.

História do arquivo

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Área de conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

O dossiê refere-se à entrevista de José Rubens Pedroso sobre sua formação política e a luta contra a ditadura civil militar no Brasil (1964-1985). Aborda questões relativas ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), à Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR Palmares), além da perseguição política, da prisão e da tortura promovida pelos órgãos de repressão do Estado. Em seu relato, o entrevistado teceu considerações sobre: a atuação em sindicatos e associações de bairros, a influência do PCB nas instituições comunitárias, a clandestinidade, a tortura e os torturadores, as dificuldades para se reinserir no mercado de trabalho após a prisão, o apoio de Frei Betto e de setores da Igreja Católica aos perseguidos políticos.

Constituem esse dossiê os itens:

BMO.01.01.006.001.SIN
BMO.01.01.006.002.TRA
Síntese e transcrição da entrevista com José Rubens Pedroso;

BMO.01.01.006.003.AUD-1
BMO.01.01.006.003.AUD-2
Áudios da entrevista com José Rubens Pedroso;

BMO.01.01.006.004.FG-1
BMO.01.01.006.004.FG-2
Fitas gravadas da entrevista com José Rubens Pedroso;

BMO.01.01.006.005.DM-1
BMO.01.01.006.005.DM-2
Discos de mídia da entrevista com José Rubens Pedroso.

Avaliação, seleção e eliminação

Incorporações

Sistema de arranjo

Área de condições de acesso e uso

Condições de acesso

Condiçoes de reprodução

Idioma do material

    Sistema de escrita do material

      Notas ao idioma e script

      Características físicas e requisitos técnicos

      Instrumentos de descrição

      Área de materiais associados

      Existência e localização de originais

      Existência e localização de cópias

      Unidades de descrição relacionadas

      Descrições relacionadas

      Área de notas

      Nota

      Tempo de duração da entrevista: 108 minutos

      Nota

      Pesquisa, roteiro e entrevista: Antônio Leite e Sônia Storchi Fries; Transcrição: Sônia Storchi Fries, 20 e 21 de dezembro de 2004, 04 de janeiro de 2005; Revisão: Sônia Storchi Fries, 01 de setembro de 2011; Revisão: Fabiana Zanandrea, julho de 2018

      Nota

      O depoimento integrou o Projeto "A Voz da Memória - o passado preservado na tecnologia digital”.

      Nota

      A interferência da Rádio Atlântida prejudicou a qualidade da gravação. Devido a isso interrompemos a entrevista, que continuou no dia 19 de outubro de 2004 a qual se refere à fita gravada [2].

      Nota

      Código da entrevista na Base ABCD: FG 565, 566

      Identificador(es) alternativos

      Pontos de acesso

      Pontos de acesso local

      Ponto de acesso nome

      Pontos de acesso de gênero

      Área de controle da descrição

      Identificador da descrição

      Identificador da entidade custodiadora

      Regras ou convenções utilizadas

      Estado atual

      Nível de detalhamento

      Datas de criação, revisão, eliminação

      Idioma(s)

        Sistema(s) de escrita(s)

          Fontes

          Área de ingresso