Área de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- [1982] (Produção)
Nível de descrição
Dimensão e suporte
02 (duas) fitas cassete, 02 (dois) DVDs, 02 (dois) documentos eletrônicos de áudio, 02 (dois) documentos eletrônicos de texto
Área de contextualização
Nome do produtor
Biografia
Ernesto Bernardi nasceu dia 21 de setembro de 1904, em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul (Brasil), filho de Ercília Bernardi e de Augusto Daré. Formou-se capataz rural na Escola Técnica de Agricultura, em Viamão (RS). Casou-se com Alice Telles Bossle, com quem teve os filhos Ernesto Augusto e Rosane. Trabalhou na Granja Coral em Porto Alegre (RS), na Estação Zootécnica da Escola de Engenharia de Alegrete (RS) e na Escola Industrial e Elementar de Rio Grande (RS). Foi enólogo por quarenta e seis anos na Scalzilli & Cia, posterior Companhia Brasileira de Vinhos S/A, atuando pela empresa em Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Farroupilha, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Na década de 1920, aproximou-se do Partido Libertador (PL) e teve uma pequena participação na Revolução Federalista de 1923. A partir da década seguinte, passou a militar no Partido Comunista Brasileiro (PCB), devido à aproximação com o ideário socialista. Foi um dos fundadores da Associação dos Camponeses sem Terra em Caxias do Sul. Foi diretor e editor do jornal “Voz do Povo”, fundado em 1945. Atuou no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vinho, Cervejas e bebidas em Geral, na década de 1940, chegando a ocupar o cargo de presidente por breve período em 1952. Trabalhou na organização das associações de bairro em Caxias do Sul. Na década de sessenta, quatro dias após o Golpe Civil Militar (1964), foi preso em casa e enviado a Porto Alegre (RS), onde ficou detido por cinquenta e oito dias junto a outros comunistas históricos da cidade. Foi vereador suplente de Percy Vargas de Abreu e Lima, pela Aliança Republicana Socialista (ARS), cassado em abril de 1964. Quando o mandato foi recuperado pela ARS, Bernardi assumiu como terceiro suplente até 1967, devido à doença do vereador titular. Durante o período ditatorial, atuou no Movimento Democrático Brasileiro (MDB), nas associações de bairros e dos aposentados e pensionistas. Faleceu em 20 de agosto de 1987.
Dados extraídos das entrevistas e do livro “A história de um comunista”, de Édio Elói Frizzo.
Nome do produtor
História administrativa
A Unidade Banco de Memória Oral iniciou suas atividade em 1980 e está em constante ampliação de seu corpus documental com o registro da memória de diferentes sujeitos e comunidades por meio de entrevistas semidirigidas.
A História Oral é a metodologia de pesquisa e registro de fontes voltadas ao estudo da História, da Antropologia e das Ciências Sociais. Consiste na realização e transcrição de entrevistas com pessoas que testemunharam os acontecimentos de seu tempo ou guardam na memória narrativas herdadas de outras gerações: pais, avós ou pessoas mais velhas.
O Banco de Memória do Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami tem como primeira entrevista a história de vida da senhora Aurora Pezzi Ungaretti (1893-1997), em que as lembranças se entrelaçam à história dos primeiros imigrantes italianos e à formação da fisionomia urbana de Caxias do Sul. Mantendo a continuidade do trabalho, o setor conta com mais de mil entrevistas realizadas.
As entrevistas versam sobre diferentes temas: histórias de vida, política, educação, cultura, arte, associativismo, industrialização, sindicalismo, religião, esporte, entre outros. Os relatos também retratam a vida cotidiana, revelando valores, costumes, hábitos e a trama das relações sociais e familiares. A faixa etária dos entrevistados, oriundos de diversos segmentos sociais, se estende dos 20 aos l06 anos, o que é representativo para uma cidade que recebeu seus primeiros colonizadores em 1875. A lembrança de um passado tão recente permite a recomposição do cotidiano rural e urbano de nossa cidade.
Por trabalhar com “arquivos vivos”, o Banco de Memória oportuniza fontes históricas que, no seu conjunto, transcendem a memória individual integrando-se à memória coletiva. As narrativas complementam-se mutuamente, contribuindo para a construção de uma História Pública. Nesse sentido, a História Oral tem a sensibilidade de ouvir e reconhecer a riqueza do testemunho e, assim, pode dialogar com a historiografia oficial, com os documentos escritos; escutar a voz de diferentes sujeitos históricos para fazer a história de todos.
Entidade custodiadora
História do arquivo
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Área de conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
O dossiê refere-se à entrevista de Ernesto Bernardi sobre sua trajetória como sindicalista e militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em Caxias do Sul (RS). No relato, o entrevistado teceu considerações sobre: a organização de trabalhadores antes da Lei da Sindicalização (1931); a atuação no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vinho, Cervejas e bebidas em Geral e nas associações de bairro, a partir da década de 1940; a Associação dos Camponeses sem Terra; a criação do jornal comunista “A Voz do Povo”; a atuação política pela Aliança Republicana Socialista (ARS); a prisão após o Golpe Civil Militar (1964), entre outros temas.
Constituem esse dossiê os itens:
BMO.01.02.001.001.SIN
BMO.01.02.001.002.TRA
Síntese e transcrição da entrevista com Ernesto Bernardi;
BMO.01.02.001.003.AUD-1
BMO.01.02.001.003.AUD-2
Áudios da entrevista com Ernesto Bernardi;
BMO.01.02.001.004.FG-1
BMO.01.02.001.004.FG-2
Fitas gravadas da entrevista com Ernesto Bernardi;
BMO.01.02.001.005.DM-1
BMO.01.02.001.005.DM-2
Discos de mídia da entrevista com Ernesto Bernardi.
Avaliação, seleção e eliminação
Incorporações
Sistema de arranjo
Área de condições de acesso e uso
Condições de acesso
Condiçoes de reprodução
Idioma do material
Sistema de escrita do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
Instrumentos de descrição
Área de materiais associados
Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Área de notas
Nota
Tempo de duração da entrevista: 120 minutos
Nota
Pesquisa e roteiro: Liliana Alberti Henrichs; Entrevista: Liliana Alberti Henrichs, Juventino Dal Bó; Transcrição: Sônia Storchi Fries, 5 a 7 de abril de 2004; Revisão: Sônia Storchi Fries, 03 de outubro de 2011; Revisão: Fabiana Zanandrea, setembro de 2018
Nota
O depoimento foi fonte para a exposição "Autofalante" e para o caderno "Com a palavra o jornal", ambos de setembro de 1988. Também integrou o Projeto "A Voz da Memória - o passado preservado na tecnologia digital”
Nota
Código da entrevista na base ABCD: FG 010, 011