Dossiê 003 - Entrevista com Orlando Pedro Michelli

Área de identificação

Código de referência

BR RS AHMJSA BMO-01-01-003

Título

Entrevista com Orlando Pedro Michelli

Data(s)

  • 23/06/2004 (Produção)

Nível de descrição

Dossiê

Dimensão e suporte

02 (duas) fitas cassete, 02 (dois) DVDs, 02 (dois) documentos eletrônicos de áudio, 02 (dois) documentos eletrônicos de texto

Área de contextualização

Nome do produtor

(n. 18//03/1949)

Biografia

Nasceu em 18 de março de 1949, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil). Filho do metalúrgico Itvino Michelli e da dona de casa Itália Pacífica Dal Pan Michelli. O ensino fundamental foi realizado no Colégio Nossa Senhora do Carmo e no Seminário dos Capuchinhos, em Vila Flores (RS), onde permaneceu até 1963. Trabalhou inicialmente como auxiliar de soldador junto ao pai metalúrgico. Em 1965, ingressou no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), a fim de realizar o curso de tornearia mecânica. No ano de 1966, ainda no SENAI, participou do Grêmio Estudantil local. Iniciou o ensino médio no Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza, período em que militou na União Caxiense dos Estudantes Secundaristas (UCES) . Entre os anos de 1967 e 1968, morou em Porto Alegre (RS), onde estudou na Escola Técnica Estadual Parobé, além de atuar na União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas (UGES) e aproximar-se do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Ao retornar a Caxias do Sul, militou no PCB e, posteriormente, saiu do partido para ingressar na VAR Palmares. Foi preso e torturado pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). Permaneceu encarcerado por sessenta dias na Ilha do Presídio, em Porto Alegre. Após o período de prisão, retornou à cidade natal, onde trabalhou no Instituto Santo Agostinho, na Comissão Municipal de Amparo à Infância (COMAI) e nas empresas Randon S/A, Alpina do Brasil e MEC-Rul. Concluiu Engenharia Mecânica na Universidade de Caxias do Sul (UCS), onde presidiu o Diretório Acadêmico do curso. Representou os militantes na Comissão Especial de Indenização a Ex-presos Políticos.
Dados extraídos da entrevista.

Nome do produtor

(1980)

História administrativa

A Unidade Banco de Memória Oral iniciou suas atividade em 1980 e está em constante ampliação de seu corpus documental com o registro da memória de diferentes sujeitos e comunidades por meio de entrevistas semidirigidas.

A História Oral é a metodologia de pesquisa e registro de fontes voltadas ao estudo da História, da Antropologia e das Ciências Sociais. Consiste na realização e transcrição de entrevistas com pessoas que testemunharam os acontecimentos de seu tempo ou guardam na memória narrativas herdadas de outras gerações: pais, avós ou pessoas mais velhas.
O Banco de Memória do Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami tem como primeira entrevista a história de vida da senhora Aurora Pezzi Ungaretti (1893-1997), em que as lembranças se entrelaçam à história dos primeiros imigrantes italianos e à formação da fisionomia urbana de Caxias do Sul. Mantendo a continuidade do trabalho, o setor conta com mais de mil entrevistas realizadas.

As entrevistas versam sobre diferentes temas: histórias de vida, política, educação, cultura, arte, associativismo, industrialização, sindicalismo, religião, esporte, entre outros. Os relatos também retratam a vida cotidiana, revelando valores, costumes, hábitos e a trama das relações sociais e familiares. A faixa etária dos entrevistados, oriundos de diversos segmentos sociais, se estende dos 20 aos l06 anos, o que é representativo para uma cidade que recebeu seus primeiros colonizadores em 1875. A lembrança de um passado tão recente permite a recomposição do cotidiano rural e urbano de nossa cidade.

Por trabalhar com “arquivos vivos”, o Banco de Memória oportuniza fontes históricas que, no seu conjunto, transcendem a memória individual integrando-se à memória coletiva. As narrativas complementam-se mutuamente, contribuindo para a construção de uma História Pública. Nesse sentido, a História Oral tem a sensibilidade de ouvir e reconhecer a riqueza do testemunho e, assim, pode dialogar com a historiografia oficial, com os documentos escritos; escutar a voz de diferentes sujeitos históricos para fazer a história de todos.

História do arquivo

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Área de conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

O dossiê refere-se á entrevista de Orlando Pedro Michelli sobre sua formação política e a luta contra o Regime Civil Militar no Brasil (1964-1985). Aborda questões relativas à atuação nos movimentos estudantis, ao ingresso no Partido Comunista Brasileiro (PCB) e na Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). No relato, Michelli teceu considerações sobre: técnicas de tortura; a permanência na “Ilha do Presídio” no ano de 1970; o apoio recebido de alguns setores da Igreja Católica e Episcopal, bem como de alguns deputados; a indenização a ex-presos e perseguidos políticos após a redemocratização, entre outros assuntos.

Constituem esse dossiê os itens:

BMO.01.01.003.001.SIN
BMO.01.01.003.002.TRA
Síntese e transcrição da entrevista com Orlando Pedro Michelli;

BMO.01.01.003.003.AUD-1
BMO.01.01.003.003.AUD-2
Áudios da entrevista com Orlando Pedro Michelli;

BMO.01.01.003.004.FG-1
BMO.01.01.003.004.FG-2
Fitas gravadas da entrevista com Orlando Pedro Michelli;

BMO.01.01.003.005.DM-1
BMO.01.01.003.005.DM-2
Discos de mídia da entrevista com Orlando Pedro Michelli.

Avaliação, seleção e eliminação

Incorporações

Sistema de arranjo

Área de condições de acesso e uso

Condições de acesso

Condiçoes de reprodução

Idioma do material

    Sistema de escrita do material

      Notas ao idioma e script

      Características físicas e requisitos técnicos

      Instrumentos de descrição

      Área de materiais associados

      Existência e localização de originais

      Existência e localização de cópias

      Unidades de descrição relacionadas

      Descrições relacionadas

      Área de notas

      Nota

      Tempo de duração da entrevista: 153 minutos

      Nota

      Pesquisa e entrevista: Antônio Leite e Sônia Storchi Fries; Roteiro: Sônia Storchi Fries; Transcrição: Verônica Feldkircher, julho de 2004; Revisão: Sônia Storchi Fries, 16 de dezembro 2011; Revisão: Fabiana Zanandrea, abril de 2018

      Nota

      O depoimento integrou o Projeto "A Voz da Memória - o passado preservado na tecnologia digital”.

      Nota

      Código da entrevista na base ABCD: FG 553, 554

      Nota

      Raça/cor/etnia: branca.

      Identificador(es) alternativos

      Pontos de acesso

      Pontos de acesso local

      Ponto de acesso nome

      Pontos de acesso de gênero

      Área de controle da descrição

      Identificador da descrição

      Identificador da entidade custodiadora

      Regras ou convenções utilizadas

      Estado atual

      Nível de detalhamento

      Datas de criação, revisão, eliminação

      Idioma(s)

        Sistema(s) de escrita(s)

          Fontes

          Área de ingresso