Nasceu em Bagé, RS, em 20 de dezembro de 1923. Filho do espanhol, natural de Odense, Claudino De Blanco e Aurila Couto De Blanco, Mauro teve uma irmã chamada Maria Helena. Sua infância foi marcada pelas contantes mudanças de endereço da família, até fixar endereço em Porto Alegre. Iniciou sua crreira profissional no Studio Aurora de Sioma Breitman em fevereiro de 1937, aos 13 anos de idade. Mauro De Blanco começou seu aprendizado pelo laboratório: revelava e lavava os negativos de vidro, além de preparar o revelador e o fixador seguindo as fórmulas prescritas. Fazendo uso de lápis e raspadeira, aprendeu a retocar negativos em vidro. Trabalhou no estúdio de Francisco Barnils, de 1939 a 1941, em Bagé, em idade para prestar serviço militar, deixou o trabalho para servir no Regimento de Cavalaria. Retornando a Porto Alegre trabalhou no Foto Apolo, de propriedade de Silvino Otto.
Trabalhou no Rio de Janeiro para os estúdios “Ávila” e “Nikolas”. Retornou a Porto Alegre, onde conheceu Giacomo Geremia. No Studio Geremia, atuou de 1943 a 1950 como retocador. O desejo de ter o próprio ateliê fez nascer a sociedade com o colega Ary Cavalcanti e a decorrente abertura do “ Studio Cavalcanti e de Blanco” A parceria foi breve, após dois depois Mauro retornava ao Studio Geremia, permanecendo até 1957.
Em fevereiro de 1958, com o nome De Blanco Fotografias, Mauro inaugurava seu estúdio sito a Rua Dr. Montaury, nº. 707. Fazendo uso do claro-escuro e do movimento, difundia em Caxias um novo estilo de fotografar. Aboliu o retoque e os cenários suntuosos. Em 1965, transferiu-se para Av. Júlio de Castilhos, n° 1648, transformando o novo endereço no espaço por excelência dos retratos. Utilizando poucos recursos cênicos e tendo a luz como aliada, Mauro retratou noivas, atrizes, rainhas e princesas da Festa da Uva, produziu ensaios fotográficos, uma pratica habitual entre as famílias abastadas da cidade. Em 1982, desativou o estúdio, concentrando a vida profissional e privada em sua casa no Bairro Jardim Margarida.
Ao longo de mais de 50 anos de atividade, deu preferência ao retrato, mas também dirigiu o olhar e as câmeras para personagens anônimos das ruas e fábricas. Nas fotografias para jornais e revistas, capturou flagrantes do cotidiano, registrou eventos culturais e esportivos, principalmente jogos de futebol. O envolvimento com as artes o levou a participar do Ateliê de Teatro da Aliança Francesa (1958-1964). Como amador participou da peça Arsênico e Alfazema; como fotógrafo, registrou ensaios, cenas no camarim e no palco, documentando com maestria uma época de efervescência cultural da cidade. Ampliou suas atividades, prestando serviços à Metalúrgica Abramo Eberle por cerca de 40 anos. Além de fotografar produtos para catálogos, calendários e revistas, seu olhar captou pessoas e máquinas na linha de produção. A partir de 1970 estendeu seus serviços publicitários para a Metalúrgica Bellini, Grupo de Zorzi, Randon S.A. Grupo Stédile, Lanifício Shebe, Fasolo Artefatos de Couro LTDA, entre outras, especulando efeitos de luz, escolhendo o melhor ângulo, criando equipamentos. Mauro é da geração dos pioneiros na fotografia publicitária caxiense. Comprometido com sua categoria profissional, fundou a Associação dos Fotógrafos Profissionais do Rio Grande do Sul e a Associação dos Fotógrafos de Caxias do Sul, seu propósito era regulamentar a profissão.
No tempo livre, Mauro dava vazão ao seu talento fotografando a paisagem rural: Profissionalmente, deixou de fotografar por volta de 1985.
Mauro faz parte da geração de fotógrafos que passou pelas chapas de vidro, pelo retoque para corrigir e embelezar retratos. Acompanhou a evolução da fotografia, sempre atento a dar singularidade ao seu trabalho. Faleceu em 19 de outubro de 2010. A sua trajetória profissional está agrupada nos negativos e positivos que ele próprio preservou e que retrata mais de meio século da história da fotografia em Caxias do Sul. Recebeu diversos prêmios: Prêmio da melhor fotografia (Inferno de Dante), concurso nacional da Revista “Aconteceu”, RJ, 1952; Prêmio: Helsinki Exibition of Photographi Art, Finlândia; 1959; AOP Calcutá Internacional of Photographi, Índia, 1959; Prêmio Pondicherry Salon, Índia. 1959; Prêmio Aliança Francesa – Salão Internacional, 1962; Prêmio Foto Cine Gaúcho, 1962; Prêmio Salão Internacional de Tokio, Japão, 1961; Prêmio Salão Internacional de Arte Fotográfica do RS, 1962; Prêmio 2° Salão Internacional de Nova Friburgo, 1962.
Mário David Vanin nasceu em 07 de dezembro de 1941, na Linha Zambicari de São Marcos, então distrito de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil). Filho dos agricultores Antônio Vanin Filho e Érica Aumont Vanin, tinha oito irmãos. Estudou durante seis anos no Seminário Nossa Senhora Aparecida. Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1967, e especializou-se em Comércio Exterior, pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). Atuou como professor e como secretário da Faculdade de Direito da UCS, na década de 1960. Foi presidente da Festa da Uva e da Comissão Comunitária do evento na década de 1980. Iniciou a carreira política como chefe de Gabinete da Secretaria da Justiça do Estado. Foi filiado ao Partido Progressista (PP), sendo eleito vereador em Caxias do Sul de 1969 a 1972. Ocupou a vice presidência da Câmara em 1971. Além disso, foi Secretário Municipal de Planejamento entre 1988 e 1989 e diretor do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SAMAE) em 1974. Após ser vice-prefeito entre 1973 e 1974, Vanin assumiu a prefeitura de Caxias do Sul de 1974 a 1975. Foi eleito vice-prefeito em 1989 e exerceu um segundo mandato como prefeito de 1993 a 1996. Era casado com Vera Menegotto, com quem teve os filhos Simone, Raquel e Thiago. Faleceu em Porto Alegre (RS), dia 14 de agosto de 2011.
Mário David Vanin (1941-2011) nasceu na localidade da Linha Zambicari de São Marcos, então distrito de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil), filho dos agricultores Antônio Vanin e Érica Aumond, tinha oito irmãos. Estudou durante seis anos no Seminário Nossa Senhora Aparecida. Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade de Caxias do Sul, com especialização em Comércio Exterior. Por muitos anos, até pouco antes de falecer, lecionou no Centro de Ciências Jurídicas da Universidade, além de ter sido secretário da Faculdade de Direito na década de 1960. Iniciou sua carreira política em 1967 como chefe de gabinete da Secretaria Estadual da Justiça, e nesta época também foi vice-presidente jurídico do Esporte Clube Juventude (1967-1969). Depois foi vereador (1969-1972), vice-presidente da Câmara (1971), duas vezes vice-prefeito (1973-1974; 1989-1992) e duas vezes prefeito de Caxias (1975-1976; 1993-1996). Também ocupou os cargos de diretor do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (1974), secretário municipal do Planejamento (1988-1989), presidente da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste do Estado (1986), e vice-presidente da Federação dos Municípios do Estado do Rio Grande do Sul (1995-1996). Presidiu a Festa da Uva em duas edições e foi um dos responsáveis pela aquisição do atual parque de exposições do evento. Como prefeito destaca-se sua atenção ao crescimento urbano e ao meio ambiente, concluindo os estudos iniciados pelo prefeito Mansueto Serafini Filho que levaram à promulgação de um novo Plano Diretor. Era casado com Vera Menegotto, com quem teve três filhos.
Fonte: informações obtidas na entrevista e em pesquisa realizada pela Unidade e site da site da Câmara de Caxias do Sul.
Mariama Hyele Babji, mulher senegalesa. No momento que concedeu a entrevista tinha trinta e um anos e residia no Brasil há seis anos. O esposo senegalês veio primeiro em busca de melhores oportunidades de vida. O casal tem dois filhos. O menino mais velho nasceu no Senegal e a menina nasceu no Brasil. Formou-se em Enfermagem no Senegal, porém quando emigrou para o Brasil seu diploma não foi aceito para trabalhar em hospitais. Sendo assim, em Caxias do Sul fez o curso Técnico em Enfermagem na escola do Hospital Nossa Senhora do Pompéia. Atualmente trabalha como Técnica em Enfermagem, mas sonha em cursar Medicina, tem muito amor à profissão que era de seu pai. Fonte: informações obtidas na entrevista.
Maria Lilith da Cruz Silva nasceu no dia sete de janeiro de 1996, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil), filha de Juarez Valduir Cruz da Silva, natural de Vacaria, e de Luciana Gonçalves da Cruz, natural de Panambi. Estudou na Escola Municipal Basílio Tcacenco e na Escola Estadual Victorio Webber. É bailarina clássica e contemporânea desde 2010. A formação artística se deu no Centro Educativo Aeroporto e Recria (2006-2010) e nas companhias Ballet Margô Brusa e Matheus Brusa (2010). Obteve o primeiro lugar em Dança Contemporânea nos Festivais de Dança de Joinville (2012 e 2013), em Santa Catarina, onde também foi indicada ao Prêmio Revelação. Entre 2014 e 2022, foi bailarina profissional da Companhia Municipal de Dança de Caxias do Sul. Atuou como diretora artística do Espaço Cultural La Maison de l’Art, bem como foi co-idealizadora do Projeto Social Impulso. É diretora artística e proponente do Projeto Social Black Power, que promove a cultura afro-brasileira e a inclusão social. No âmbito profissional, atua como educadora social e ministra aulas na Escola de Danças Carla Barcellos e no Espaço Cultural Akácio Camargo. Fonte: entrevista concedida à Unidade Banco de Memória Oral e Currículo Vitae.
Maria Geneci Silveira nasceu no dia seis de janeiro de 1952 em Caçapava do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil), filha de José Almerindo Silveira e Maria Erocilde Silveira. Professora, servidora pública federal, cientista política, militante e ativista em sindicatos e ações sociais. Tem formação em Magistério, Enfermagem e Ciências Sociais. Servidora pública federal aposentada, trabalhou na 5ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), em Caxias do Sul, como coordenadora regional de Dermatologia Sanitária, Saúde do Adolescente, Saúde das Diversidades e Saúde da População Negra. Ministrou aulas de saúde à população carente de todo o país. Dirigiu o Sindicato de Saúde Trabalho e Previdência Social (Sindisprev-RS). Coordenou, nos âmbitos nacional e estadual, o Movimento Negro Unificado (MNU). Foi presidente do COMUNE - Conselho Municipal da Comunidade Negra de Caxias do Sul e do COMDIM - Conselho Municipal dos Direitos da Mulher. Dentre tantos títulos recebidos pelo trabalho desenvolvido com a população negra, destacam-se: Comenda João Cândido Felisberto em 2005, Troféu recebido pela Câmara Municipal de Caxias do Sul de Mulher Cidadã em 2007, Troféu Margaridas (Clube Gaúcho) em 2010, Comenda Zumbi dos Palmares em 2013, Personalidade Negra em 2014, e o mais recente título de Doutora Honoris Causa em 2023. Fonte: informações obtidas na entrevista e em pesquisa realizada pela Unidade.
Maria Elisa Dalla Rosa nasceu em vinte e seis de maio de 1974, na cidade de Caxias do Sul, filha de Zulmira Koslowski Dalla Rosa e de Valdenor José Dalla Rosa. Os avós maternos chamavam-se Paulo Adolfo Koslowski, de origem polonesa, e Maria Teresa Ghilardi, filha de imigrantes italianos. Estudou na Escola Estadual de Ensino Fundamental Abramo Pezzi e na Escola Estadual de Ensino Médio Cavalheiro Aristides Germani. Trabalhou na Fábrica de Calçados Brasnelo, no Supermercado Calcagnotto, na Loja Brasileiras e na Farmácia de Manipulação Natufarma. Entre os anos 2001 e 2004, cursou Enfermagem na Escola de Enfermagem Nossa Senhora Medianeira (Circulo Operário Caxiense). No mesmo ano de sua formação em Enfermagem ingressou como estagiária no Hospital do Círculo, onde posteriormente foi efetivada. Fonte: informações obtidas na entrevista e em pesquisa realizada pela Unidade.
Maria do Carmo Favaro Verdi nasceu no dia 04 de outubro de 1958 em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. Filha de Ênio Favaro e de Carmem Maria Wisintainer Favaro. O pai foi militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), perseguido político e preso logo após o Golpe Civil Militar (1964), destacando-se pelo envolvimento em causas sociais e pelo caráter contestador e inventivo. A entrevistada estudou no Colégio São José, no Colégio Madre Imilda e realizou o Científico no Instituto Estadual de Educação Cristovão de Mendoza. Cursou Artes no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Participou do movimento estudantil em Porto Alegre (RS) e da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) em Caxias do Sul (RS). A ênfase do relato é o resgate da trajetória de vida de Ênio Favaro.
Dados extraídos da entrevista.