Mauro De Blanco

Área de identificação

Tipo de entidade

Pessoa

Forma autorizada do nome

Mauro De Blanco

Forma(s) paralela(s) de nome

  • Studio De Blanco

Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras

    Outra(s) forma(s) de nome

      identificadores para entidades coletivas

      Área de descrição

      Datas de existência

      20-12-1923 2010

      Histórico

      Nasceu em Bagé, RS, em 20 de dezembro de 1923. Filho do espanhol, natural de Odense, Claudino De Blanco e Aurila Couto De Blanco, Mauro teve uma irmã chamada Maria Helena. Sua infância foi marcada pelas contantes mudanças de endereço da família, até fixar endereço em Porto Alegre. Iniciou sua crreira profissional no Studio Aurora de Sioma Breitman em fevereiro de 1937, aos 13 anos de idade. Mauro De Blanco começou seu aprendizado pelo laboratório: revelava e lavava os negativos de vidro, além de preparar o revelador e o fixador seguindo as fórmulas prescritas. Fazendo uso de lápis e raspadeira, aprendeu a retocar negativos em vidro. Trabalhou no estúdio de Francisco Barnils, de 1939 a 1941, em Bagé, em idade para prestar serviço militar, deixou o trabalho para servir no Regimento de Cavalaria. Retornando a Porto Alegre trabalhou no Foto Apolo, de propriedade de Silvino Otto.
      Trabalhou no Rio de Janeiro para os estúdios “Ávila” e “Nikolas”. Retornou a Porto Alegre, onde conheceu Giacomo Geremia. No Studio Geremia, atuou de 1943 a 1950 como retocador. O desejo de ter o próprio ateliê fez nascer a sociedade com o colega Ary Cavalcanti e a decorrente abertura do “ Studio Cavalcanti e de Blanco” A parceria foi breve, após dois depois Mauro retornava ao Studio Geremia, permanecendo até 1957.
      Em fevereiro de 1958, com o nome De Blanco Fotografias, Mauro inaugurava seu estúdio sito a Rua Dr. Montaury, nº. 707. Fazendo uso do claro-escuro e do movimento, difundia em Caxias um novo estilo de fotografar. Aboliu o retoque e os cenários suntuosos. Em 1965, transferiu-se para Av. Júlio de Castilhos, n° 1648, transformando o novo endereço no espaço por excelência dos retratos. Utilizando poucos recursos cênicos e tendo a luz como aliada, Mauro retratou noivas, atrizes, rainhas e princesas da Festa da Uva, produziu ensaios fotográficos, uma pratica habitual entre as famílias abastadas da cidade. Em 1982, desativou o estúdio, concentrando a vida profissional e privada em sua casa no Bairro Jardim Margarida.
      Ao longo de mais de 50 anos de atividade, deu preferência ao retrato, mas também dirigiu o olhar e as câmeras para personagens anônimos das ruas e fábricas. Nas fotografias para jornais e revistas, capturou flagrantes do cotidiano, registrou eventos culturais e esportivos, principalmente jogos de futebol. O envolvimento com as artes o levou a participar do Ateliê de Teatro da Aliança Francesa (1958-1964). Como amador participou da peça Arsênico e Alfazema; como fotógrafo, registrou ensaios, cenas no camarim e no palco, documentando com maestria uma época de efervescência cultural da cidade. Ampliou suas atividades, prestando serviços à Metalúrgica Abramo Eberle por cerca de 40 anos. Além de fotografar produtos para catálogos, calendários e revistas, seu olhar captou pessoas e máquinas na linha de produção. A partir de 1970 estendeu seus serviços publicitários para a Metalúrgica Bellini, Grupo de Zorzi, Randon S.A. Grupo Stédile, Lanifício Shebe, Fasolo Artefatos de Couro LTDA, entre outras, especulando efeitos de luz, escolhendo o melhor ângulo, criando equipamentos. Mauro é da geração dos pioneiros na fotografia publicitária caxiense. Comprometido com sua categoria profissional, fundou a Associação dos Fotógrafos Profissionais do Rio Grande do Sul e a Associação dos Fotógrafos de Caxias do Sul, seu propósito era regulamentar a profissão.
      No tempo livre, Mauro dava vazão ao seu talento fotografando a paisagem rural: Profissionalmente, deixou de fotografar por volta de 1985.
      Mauro faz parte da geração de fotógrafos que passou pelas chapas de vidro, pelo retoque para corrigir e embelezar retratos. Acompanhou a evolução da fotografia, sempre atento a dar singularidade ao seu trabalho. Faleceu em 19 de outubro de 2010. A sua trajetória profissional está agrupada nos negativos e positivos que ele próprio preservou e que retrata mais de meio século da história da fotografia em Caxias do Sul. Recebeu diversos prêmios: Prêmio da melhor fotografia (Inferno de Dante), concurso nacional da Revista “Aconteceu”, RJ, 1952; Prêmio: Helsinki Exibition of Photographi Art, Finlândia; 1959; AOP Calcutá Internacional of Photographi, Índia, 1959; Prêmio Pondicherry Salon, Índia. 1959; Prêmio Aliança Francesa – Salão Internacional, 1962; Prêmio Foto Cine Gaúcho, 1962; Prêmio Salão Internacional de Tokio, Japão, 1961; Prêmio Salão Internacional de Arte Fotográfica do RS, 1962; Prêmio 2° Salão Internacional de Nova Friburgo, 1962.

      Locais

      Estado Legal

      Funções, ocupações e atividades

      Mandatos/fontes de autoridade

      Estruturas internas/genealogia

      Contexto geral

      Área de relacionamentos

      Área de pontos de acesso

      Pontos de acesso de assunto

      Pontos de acesso local

      Ocupações

      Área de controle

      Identificador de autoridade arquivística de documentos

      Identificador da entidade custodiadora

      Regras ou convenções utilizadas

      Estado atual

      Versão preliminar

      Nível de detalhamento

      Mínimo

      Datas de criação, revisão e eliminação

      Idioma(s)

        Sistema(s) de escrita(s)

          Fontes

          Notas de manutenção