Nasceu em 13 de maio de 1942, na cidade de Alegrete, Rio Grande do Sul (Brasil), onde realizou o primário no Colégio Osvaldo Aranha. Filho de José Pacífico Carneiro, operário da viação férrea, e da dona de casa Maria Amália Carneiro. A política fazia parte do cotidiano familiar desde cedo: o pai era getulista e concorreu a vereador pelo Partido Social Democrático (PSD), em Alegrete; já a mãe, muito católica, apoiava a União Democrática Nacional (UDN). Por volta de 1954, a família mudou-se para o Bairro Navegantes, em Porto Alegre (RS). Na capital, o entrevistado estudou na Colégio Luterano da Paz, na Escola Protásio Alves e no Colégio Estadual Júlio de Castilhos, o “Julinho”. Nesse último local vivenciou a efervescência da militância estudantil e política e aproximou-se do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Posteriormente, filiou-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), devido à ilegalidade do PCB. Trabalhou como mandalete e, para incrementar a renda familiar após a morte do pais, ensinava matemática aos colegas na escola. Foi funcionário público municipal e atuou no Pronto Socorro de Porto Alegre. Trabalhou no Sulbanco, também na capital, ingressando no Sindicato dos Bancários. Foi funcionário do Banco do Brasil, em Garibaldi (RS). Em 1968, iniciou o curso de filosofia na Universidade de Caxias do Sul (UCS), porém não chegou a concluir. Participou do Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Ibiúna (SP), no ano de 1968. Foi preso por doze dias junto a muitos outros estudantes que estavam no congresso. Integrou a Vanguarda Revolucionária Palmares (VAR Palmares), em Caxias do Sul. Em Garibaldi, onde trabalhava, foi preso novamente no dia seis de abril de 1970. Após a prisão, foi detido na Delegacia de Polícia de Caxias do Sul, até ser transferido para Porto Alegre. Na capital, permaneceu preso por um ano e um mês e foi torturado no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). Em liberdade, ingressou na Universidade Federal do Rio do Grande do Sul (UFRGS) para cursar Direito. Como ex-preso político vivenciou dificuldades para colocar-se no mercado de trabalho. Com a anistia, voltou a trabalhar no Banco do Brasil até a aposentadoria em 1991. Trabalhou no gabinete de Tarso Genro (1993-1997) e de Raul Pont (1997-2001), do Partido dos Trabalhadores (PT), durante as respectivas gestões na prefeitura de Porto Alegre. Foi diretor de operação portuária no governo Olívio Dutra (1999-2003), e Diretor de Portos, no primeiro governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006).
Dados extraídos da entrevista.
Paulina Soldatelli Moretto (1913-2002), natural de São Marcos, Rio Grande do Sul (Brasil), filha dos imigrantes José [Giuseppe] Soldatelli e Rosa Peliser Soldatelli. Casou-se com Isidoro Domingos Moretto, com quem teve oito filhos, entre eles Dom Paulo Moretto (1936-2023), bispo católico e emérito da Diocese de Caxias do Sul. A entrevistada foi professora municipal em São Marcos (RS). Atuou ativamente junto à Igreja Católica, além de participar do Pio Sodalício Damas da Caridade do Hospital Pompéia. Escreveu os livros “A caminhada dos Soldatelli” (1991), que remonta à origem dos antepassados imigrantes e à trajetória no sul do Brasil, e o “Minhas Memórias” (2003).
Fonte: informações obtidas na entrevista e pesquisa realizada pela Unidade.
Patrick Gonçalves Cardozo nasceu no dia seis de agosto de 1997 em Santana do Livramento, Rio Grande do Sul (Brasil). Filho de Ana Lucia Menezes Cardozo e Dieferson Pereira Gonçalves. Em sua infância e parte da sua adolescência morou com sua mãe e seu padrasto. Em meados do ensino médio passou a residir com os avós paternos. Formado em Magistério anos iniciais do ensino fundamental, possui especialização em Educação Especial - Autismo e graduação em em Gestão Comercial e Empresarial. Atuou como professor em Santana do Livramento e em Caxias do Sul. Atualmente é representante comercial na empresa Bombril e trabalha também no sushi Kando. Fonte: Fonte: informações obtidas na entrevista e em pesquisa realizada pela Unidade.
Otnilo Fedumenti nasceu em cinco de agosto de 1930, em Caxias do Sul, filho de Olinto Fedumenti e Ernestina Zatti Fedumenti. Seu pai era do ramo madeireiro e na juventude trabalhou como motorista particular do imigrante italiano Amadeo Rossi. O entrevistado cursou o primário no Colégio Nossa Senhora do Carmo, em Caxias do Sul, e o ginásio no Colégio Nossa Senhora das Dores, em Porto Alegre. Em 1974 casou-se com Delcia Molon, com quem teve o filho Roberto Fedumenti. Foi sócio-proprietário da Livraria Ramos, na área central da cidade, que funcionava também como bazar. Fundado na década de 1950, esse comércio encerrou as atividades em 1982. Atualmente administra a Floricultura Recanto das Flores. Fonte: informações obtidas na entrevista e em pesquisa realizada pela Unidade.
Nasceu em 18 de março de 1949, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil). Filho do metalúrgico Itvino Michelli e da dona de casa Itália Pacífica Dal Pan Michelli. O ensino fundamental foi realizado no Colégio Nossa Senhora do Carmo e no Seminário dos Capuchinhos, em Vila Flores (RS), onde permaneceu até 1963. Trabalhou inicialmente como auxiliar de soldador junto ao pai metalúrgico. Em 1965, ingressou no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), a fim de realizar o curso de tornearia mecânica. No ano de 1966, ainda no SENAI, participou do Grêmio Estudantil local. Iniciou o ensino médio no Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza, período em que militou na União Caxiense dos Estudantes Secundaristas (UCES) . Entre os anos de 1967 e 1968, morou em Porto Alegre (RS), onde estudou na Escola Técnica Estadual Parobé, além de atuar na União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas (UGES) e aproximar-se do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Ao retornar a Caxias do Sul, militou no PCB e, posteriormente, saiu do partido para ingressar na VAR Palmares. Foi preso e torturado pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). Permaneceu encarcerado por sessenta dias na Ilha do Presídio, em Porto Alegre. Após o período de prisão, retornou à cidade natal, onde trabalhou no Instituto Santo Agostinho, na Comissão Municipal de Amparo à Infância (COMAI) e nas empresas Randon S/A, Alpina do Brasil e MEC-Rul. Concluiu Engenharia Mecânica na Universidade de Caxias do Sul (UCS), onde presidiu o Diretório Acadêmico do curso. Representou os militantes na Comissão Especial de Indenização a Ex-presos Políticos.
Dados extraídos da entrevista.