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Registro de autoridade
Cleonice Félix Araújo
Pessoa · n. 15/08/1979

Cleonice Félix Araújo nasceu em quinze de agosto de 1979, em Rio Branco (MT), Brasil, filha de Luiz Inocêncio de Araújo e de Joana Rocha de Araújo. É descendente da etnia indígena Terena por parte materna. Formou-se Bacharel em Direito e é pós-graduada em Direito Público. É artesã e ativista da causa LGBTQIA+. Presidiu o Conselho Estadual de Políticas LGBT (2019-2022), o Conselho Municipal de Direitos Humanos e a ONG Construindo Igualdade, é também integrante do Conselho Municipal de Saúde. Foi terceira suplente do Partido dos Trabalhadores (PT), somando 1.045 votos na eleição municipal de 2020. Assumiu uma cadeira no legislativo como a primeira vereadora trans de Caxias do Sul, empossada em quatorze de setembro de 2021, no período de licença-paternidade do vereador Lucas Caregnato. Foi fundadora da Casa de Acolhimento Construindo Igualdade (2021), primeira iniciativa desse tipo na região sul do país. Fonte: informações obtidas na entrevista e em pesquisa realizada pela Unidade.

Claudino Dal'Alba
Pessoa · n. 1922 - f. 2021

Claudino Dal'Alba (1922-2021) foi o décimo segundo de doze filhos. O pai, Giovanni Dal’Alba, era imigrante proveniente de San Rocco, e a mãe, Candida Domenica Zaupa, de Torreselle, localidades de Vicenza, onde possuíam moinho e ferraria. Estabeleceram-se no Travessão Claro, hoje pertencente a Flores da Cunha. Na colônia, além da produção de alimentos, havia também o linho para confeccionar tecidos. Mais tarde tornaram-se também carreteiros. Casou-se em 15 de junho de 1945 com Herminia Contó (1929-2019).
Fonte: informações obtidas na entrevista, em pesquisa realizada no Jornal Pioneiro (out/2014) e no site Family Search (https://ancestors.familysearch.org/en/K2N3-BHS/claudino-dall%27alba-1922-2021)

Clari Izabel Dedavid Favero
BR RS AHMJSA · Pessoa · n. 27/11/1949

Nasceu em 27 de novembro de 1949, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil). Filha de Antônio Dedavid e de Catarina Tonietto Dedavid. Cursou o ginásio no Colégio Estadual Cristóvão de Mendoza e, posteriormente, ingressou na Escola Normal Duque de Caxias (atual Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza), onde começou a militar no movimento estudantil, com atuação no grêmio escolar. Nesse período, conheceu o marido Luiz Andrea Fávero, então presidente da União Caxiense de Estudantes (UCES). Na cidade, colaborou na construção da Vanguarda Revolucionária Palmares (VAR Palmares), juntamente com outros companheiros. Em junho de 1969, com o recrudescimento do Regime Civil Militar, a direção regional da VAR Palmares orientou a mudança do casal para Nova Aurora, no oeste do Paraná, onde moravam os pais de Luiz Andrea. Durante o período de permanência naquela região, Clari e Luiz Andrea colocaram em funcionamento uma escola, com autorização da Secretaria Municipal de Educação e o apoio da comunidade local. Lá atuaram na educação de crianças e, com base na metodologia de Paulo Freire, de adultos agricultores. Em Nova Aurora, contaram com o apoio de oito militantes da VAR Palmares e de simpatizantes nas atividades de conscientização política. Na madrugada do dia cinco maio de 1970, uma grande operação do exército, com setecentos homens, comandada pelo Batalhão da Polícia Militar de Curitiba com o Batalhão de Fronteiras de Foz do Iguaçu, prendeu e torturou o casal no sítio onde viviam. Após algumas horas, eles foram levados ao Batalhão de Fronteira de Foz, onde intensificaram as torturas com a chegada de agentes do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) do Rio de Janeiro, o Esquadrão da Morte. No dia dezoito de setembro, Clari e Luiz Andrea foram transferidos ao DOPS de Porto Alegre (RS) e submetidos a novas torturas e inquéritos. O casal voltou ao Paraná após o julgamento e a absolvição de Luiz Andrea por participação em passeatas no ano de 1968. Naquele estado, Clari foi enviada à prisão de Piraquara, de onde saiu com auxílio das Irmãs Vicentinas. Foi julgada e condenada no dia treze de julho de 1971 a dois anos de prisão por ações subversivas, entre outras alegações. No retorno a Caxias do Sul, com o apoio de militantes da VAR Palmares, o casal conseguiu fugir para o exílio no Chile, de janeiro de 1972 a dezembro de 1973, e lá militou na Unidade Popular (UP), do governo de Salvador Allende. No entanto, devido ao golpe que derrubou Allende, partiram para o exílio na França, com o amparo das Nações Unidas, onde permaneceram por treze anos e tiveram dois filhos. Em Paris, participaram da fundação do Comitê Brasil Pela Anistia. Ao retornar ao Brasil, na década de 1980, Clari e Luiz Andrea se estabeleceram no Recife (PE) a convite do então Governador Miguel Arraes.
Dados extraídos da entrevista.

Carine Soares Turelly
Pessoa · n. 13/02/1978

Carine Soares Turelly nasceu no dia 13 de fevereiro de 1978, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul (Brasil). Na edução básica frequentou as escolas: Pequeno Príncipe, Colégio Madre Imilda e Escola Estadual de Ensino Médio Imigrante. Formou-se em licenciatura e bacharelado em Arte, pela Universidade de Caxias do Sul. Tem Mestrado em Corpo, Corporeidades e Comunicação: pressupostos e proposições na cibercultura, pela Universidade de Tuiti do Paraná. Iniciou sua formação artística na escola de ballet e jazz Margô Dalla Rosa Brusa, em Caxias do Sul. Servidora municipal professora de Artes, tem colaborações em vários departamentos da Secretaria Municipal da Cultura como coreógrafa, diretora artística, coordenou a Unidade de Artes Visuais, entre outras contribuições na área da cultura. Bailarina da Cia. de Dança, professora de danças, atuou como professora em escolas de ballet na cidade. Trabalhou na Escola Municipal de Ensino Fundamental Ítalo João Balen, como professora de artes. Atualmente é diretora da Unidade de Arte e Cultura Popular na Secretaria Municipal de Cultura. Fonte: informações obtidas na entrevista e em pesquisa realizada pela Unidade.

Aura Ribeiro Mendes da Silva
BR RS AHMJSA · Pessoa · n. 02/04/1922 - f. 15/06/2021

Aura Ribeiro Mendes da Silva nasceu no dia 02 de abril de 1922, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil), filha de Américo Ribeiro Mendes e de Antonieta Amoretti Mendes. Neta de Antônio José Ribeiro Mendes, que teria sido responsável pela condução da primeira leva de imigrantes italianos do Rio de Janeiro a Caxias. O pai de Aura criou a Tipografia e a Livraria Mendes, foi também um dos fundadores do Clube Juvenil, assim como do primeiro Círculo de Pais em Mestres, vinculado à Escola Complementar de Caxias. O avô materno, Nicolau Amoretti, criou a Associação Comercial, atual Câmara de Indústria e Comércio (CIC) da cidade. A entrevistada estudou na Escola Complementar de Caxias (denominada Escola Normal Duque de Caxias em 1943) e, em 1942, cursou a Escola Superior de Educação Física (ESEF), em Porto Alegre. Lecionou na Escola Bento Gonçalves da Silva, localizada na cidade de Bento Gonçalves, no Colégio Estadual Henrique Emílio Meyer, onde implementou o uso do calção esportivo para as meninas e no Instituto Estadual de Educação Cristovão de Mendoza, onde treinou as equipes de voleibol feminino e permaneceu até a aposentadoria. Hospitalizada devido à uma fratura no fêmur, faleceu no dia 15 de junho de 2021.