Neires Maria Soldatelli Paviani nasceu em 1946 em Flores da Cunha, Rio Grande do Sul (Brasil). Iniciou na docência do Ensino Fundamental e Médio, em 1969. Em 1977, passou a ser professora no Ensino Superior. Graduada em Licenciatura Plena em Letras pela Universidade de Caxias do Sul (1969), especialização em Letras Língua e Literatura pela Universidade de Caxias do Sul (1997), mestrado em Letras em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1992) e doutorado em Educação na Área de Metodologia de Ensino, pela Universidade Federal de São Carlos (1997). Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Sociolinguística e Dialetologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Professor de Português, Situações de Bilinguismo, Formação do Professor. Obras publicadas: Universo Acadêmico em Gêneros Discursivos, Práticas de Linguagens: Gêneros Discursivos e Interação, Linguagens e Implicações Pedagógicas, Linguagem e Educação, Estudos na Linguagem na Educação, Pensar a Educação: História, Filosofia e Linguagens Vol. 2, entre outras publicações. Casada com Jayme Paviani, crítico de arte, filósofo, professor e escritor, com quem tem dois filhos.
Fonte: pesquisa realizada pela Unidade e informações coletadas do Lattes datado de 25/05/2022.
Nascida a 21/11/1914 em Caxias – RS, Odila Zatti era a filha única do casal Fioravante Zatti (18/12/1892 a 10/03/1936; filho do casal Giacomo Zatti e Luisa Fregonese) e Leonilda Fasoli Zatti (26/09/1893 a 20/03/1969; filha do casal Giacomo Fasoli e Felicita Fabris), fundadores da casa de comércio que marcou época na então rua Júlio de Castilhos, entre as ruas Borges de Medeiros e Alfredo Chaves.
Iniciou seus estudos no Colégio Pompéia das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, de Ana Rech, localidade de Caxias. Bastante avançada para a época, a jovem Odila dividia-se entre os bailes de Carnaval do Clube Juvenil, as férias em Torres – RS e as aulas de piano, pintura e dança – em especial o famoso charleston, tão em voga nos bailes dos anos 1920. Concluiu os estudos no Gymnasio Estadoal Feminino Nossa Senhora do Bom Conselho de Porto Alegre – RS: gostava muito das viagens de trem até à capital junto a outros estudantes de Caxias. Sua mãe, Leonilda, a visitava com frequência. Odila formou-se em 14/12/1934.
O título de Rainha da Festa da Uva chegou em janeiro de 1934, dois anos após um episódio que poderia ter comprometido toda a história, quando ainda em Porto Alegre contraiu febre tifoide, perdendo todo o cabelo. De volta a Caxias e recuperada da doença, a jovem de 19 anos foi eleita por voto popular e, na sequência do resultado, ovacionada na varanda de sua casa pelo público e pela Banda do Batalhão de Caçadores. A coroação deu-se em 24/02/1934, em cerimônia realizada no Clube Juvenil, com presenças de José Antônio Flores da Cunha, Interventor Federal, e Joaquim Pedro Salgado Filho, Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio.
Odila sagrou-se Rainha acompanhada pelas aias Yvonne Paganelli, Carmem Hipólito e Ilka Falcão Fontoura, e pelas princesas Alda Gomes, Julieta Dal Prá e Zaíra Pante, com quem participou do corso ocorrido durante a Festa, em um carro alegórico de dezessete metros de comprimento. Sua filha Marta relata que, ao contar a história aos filhos, imitava a música da banda e as palmas das pessoas para que deixasse suas imaginações correrem e que a mãe emprestava às filhas pequenas as pedras preciosas que integravam o traje oficial de rainha, para que brincassem. Sua coroa pertence, atualmente, à filha Vera Festugato De Carli; já o vestido de Odila foi doado ao grupo de teatro da Aliança Francesa, para ser utilizado nas montagens teatrais do grupo, atuante entre 1958 e 1964.
Odila Zatti casou com o médico Gaston Festugato, filho de Antonio Natale (20/08/1881 a 10/01/1970; filho de Giovanni Batista Festugato e Angela Pelosato) e Olga Boscaro Festugato (07/08/1886 a 27/12/1953; filha de Agostino Boscaro e Luisa Santini), em 27/09/1939, nascendo dessa união os filhos Carlos (14/02/1941), Beatriz (15/02/1942), Vera (17/01/1944), Marta (10/10/1950) e Maria (26/11/1954).
Ela faleceu em 13/09/1990, aos 76 anos, vítima de parada respiratória e problemas no fígado.
Olga Ramos Brentano nasceu em 19 de junho de 1917 em Porto Alegre, Rio Grande do Sul (Brasil), filha de Silvério Ramos de Oliveira e de Maria Márcia de Oliveira. Seu pai foi o primeiro professor do município de Vacaria (RS) e atuou também como Inspetor Escolar do estado. Em Farroupilha (RS), a entrevistada lecionou no Grupo Escolar Farroupilha, na Escola Normal Ângelo Antonello, no Ginásio Senador Alberto Pasqualini, na Escola Técnica de Comércio e no Ginásio Nossa Senhora de Lourdes. Em Caxias do Sul (RS), lecionou no Ginásio da Escola Normal Duque de Caxias e no Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza. Iniciou o magistério em 1939 e lecionou por quarenta e dois anos. Faleceu em 20 de setembro de 1996.
Olindo Müller (Irmão Bonifácio) nasceu em em 14 de julho de 1919, em Santo Cristo, Rio Grande do Sul (Brasil), filho de José Müller e de Maria Müller. Cursou a Faculdade de Letras Clássica na Pontifícia Universidade Católica, chamada à época de Faculdade Livre. Em 1940, iniciou suas atividades no Colégio Nossa Senhora do Carmo, em Caxias do Sul. Em 1941, atuou no Colégio Santo Antônio e, posteriormente, no Colégio Nossa Senhora das Dores, em Porto Alegre (RS). Retornou às atividades no Carmo e após nove anos foi transferido para a Escola de Magistério da Faculdade La Salle de Canoas, onde permaneceu um ano. Em seguida, foi destacado para a abertura de um colégio no interior de São Paulo, na cidade de São Carlos, o atual Colégio Diocesano. Após esse período, retornou ao Colégio Nossa Senhora do Carmo. Em 1981, os Irmãos Lassalistas assumiram uma escola de três mil alunos pertencente à Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda (RJ), onde Irmão Bonifácio permaneceu por um ano. Na ocasião de seus noventa anos, foi homenageado pela Câmara dos Vereadores de Caxias do Sul. Foi responsável pelo Coral dos Canarinhos e um dos fundadores da Banda Marcial do Carmo, além de organista do colégio e da Catedral Diocesana. Na década de 1980, foi um dos fundadores do Núcleo Bandeirante da cidade. Atuou como representante do Carmo na Escola São Vicente, situada no Bairro Jardelino Ramos, propriedade dos Irmãos Lassalistas até 2006, quando passou a integrar às escolas municipais de Caxias do Sul. Faleceu em 16 de junho de 2015.
Nasceu em 18 de março de 1949, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil). Filho do metalúrgico Itvino Michelli e da dona de casa Itália Pacífica Dal Pan Michelli. O ensino fundamental foi realizado no Colégio Nossa Senhora do Carmo e no Seminário dos Capuchinhos, em Vila Flores (RS), onde permaneceu até 1963. Trabalhou inicialmente como auxiliar de soldador junto ao pai metalúrgico. Em 1965, ingressou no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), a fim de realizar o curso de tornearia mecânica. No ano de 1966, ainda no SENAI, participou do Grêmio Estudantil local. Iniciou o ensino médio no Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza, período em que militou na União Caxiense dos Estudantes Secundaristas (UCES) . Entre os anos de 1967 e 1968, morou em Porto Alegre (RS), onde estudou na Escola Técnica Estadual Parobé, além de atuar na União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas (UGES) e aproximar-se do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Ao retornar a Caxias do Sul, militou no PCB e, posteriormente, saiu do partido para ingressar na VAR Palmares. Foi preso e torturado pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). Permaneceu encarcerado por sessenta dias na Ilha do Presídio, em Porto Alegre. Após o período de prisão, retornou à cidade natal, onde trabalhou no Instituto Santo Agostinho, na Comissão Municipal de Amparo à Infância (COMAI) e nas empresas Randon S/A, Alpina do Brasil e MEC-Rul. Concluiu Engenharia Mecânica na Universidade de Caxias do Sul (UCS), onde presidiu o Diretório Acadêmico do curso. Representou os militantes na Comissão Especial de Indenização a Ex-presos Políticos.
Dados extraídos da entrevista.
Otnilo Fedumenti nasceu em cinco de agosto de 1930, em Caxias do Sul, filho de Olinto Fedumenti e Ernestina Zatti Fedumenti. Seu pai era do ramo madeireiro e na juventude trabalhou como motorista particular do imigrante italiano Amadeo Rossi. O entrevistado cursou o primário no Colégio Nossa Senhora do Carmo, em Caxias do Sul, e o ginásio no Colégio Nossa Senhora das Dores, em Porto Alegre. Em 1974 casou-se com Delcia Molon, com quem teve o filho Roberto Fedumenti. Foi sócio-proprietário da Livraria Ramos, na área central da cidade, que funcionava também como bazar. Fundado na década de 1950, esse comércio encerrou as atividades em 1982. Atualmente administra a Floricultura Recanto das Flores. Fonte: informações obtidas na entrevista e em pesquisa realizada pela Unidade.
Patrick Gonçalves Cardozo nasceu no dia seis de agosto de 1997 em Santana do Livramento, Rio Grande do Sul (Brasil). Filho de Ana Lucia Menezes Cardozo e Dieferson Pereira Gonçalves. Em sua infância e parte da sua adolescência morou com sua mãe e seu padrasto. Em meados do ensino médio passou a residir com os avós paternos. Formado em Magistério anos iniciais do ensino fundamental, possui especialização em Educação Especial - Autismo e graduação em em Gestão Comercial e Empresarial. Atuou como professor em Santana do Livramento e em Caxias do Sul. Atualmente é representante comercial na empresa Bombril e trabalha também no sushi Kando. Fonte: Fonte: informações obtidas na entrevista e em pesquisa realizada pela Unidade.