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Registro de autoridade
Fatou Diallo
Pessoa · n. [1985]

Fatou Diallo, mulher senegalesa. No momento que concedeu a entrevista tinha trinta e quatro anos e residia no Brasil há sete anos. O esposo senegalês veio primeiro em busca de melhores oportunidades de vida. O casal tem quatro filhos. Dois nasceram no Senegal e os outros dois nasceram no Brasil. Terminou o ensino médio no Senegal, casando-se aos dezoito anos. Em Caxias, fez cursos nas áreas de Leitura, Interpretação de Desenho e Metrologia, trabalhando como metalúrgica na empresa Marcopolo por quase cinco anos. No momento da entrevista trabalhava como vendedora em uma loja no centro da cidade. Fonte: informações obtidas na entrevista.

Fatou Sokhna
Pessoa · n. [1986]

Fatou Sokhna, mulher senegalesa residindo no Brasil há mais de dez anos. No momento que concedeu a entrevista tinha trinta e três anos. O esposo senegalês veio primeiro em busca de melhores oportunidades de vida. O casal tem dois filhos. O primeiro nasceu no Senegal e o segundo no Brasil. Terminou o ensino médio no Senegal e fez curso de secretariado, trabalhando na área. Em Caxias do Sul, fez cursos na área de confeitaria e padaria. Trabalhou no ofício, mas no momento da entrevista trabalhava em uma loja junto ao irmão, no centro da cidade, fazendo tranças. Fonte: informações obtidas na entrevista.

Fernando Faustino da Rosa
Pessoa · n. 08/03/1986

Fernando Faustino da Rosa nasceu no dia oito de março de 1986 em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil). Filho de Adão Borges da Rosa e Maria Hélida Faustino. Seu pai, morador e um grande líder comunitário muito atuante e reconhecido no bairro Euzébio Beltrão de Queiróz por beneficiar centenas de moradores através da cozinha comunitária e tantas outras ações sociais desenvolvidas. Foi um dos fundadores da Escola de Samba Acadêmicos do XV de Novembro em 1962 e da Liga Carnavalesca, a qual foi presidente por treze anos. Ajudava não apenas sua comunidade, como outros bairros de Caxias do Sul. Faleceu em 2007 com cinquenta e seis anos. Fonte: informações obtidas na entrevista e pesquisa realizada pela Unidade.

Gazola S.A. Indústria Metalúrgica
BR.RS.AHMJSA.AP.GZL · Entidade coletiva · 1932-2012

Durante o ano de 1932, em todo o mundo, surgiam apreensões que desequilibraram as finanças dos países; na Europa, o Fascismo e o Nazismo criavam vulto, enquanto na Rússia crescia a introdução de uma política que combatia tanto a democracia quanto como o que denominavam “burguesia”. No Brasil, havia dois anos que ocorrera a Revolução de 1930, que mudara a situação política, social e financeira do país; as relações entre o Governo Provisório e alguns partidos políticos, principalmente gaúchos, foram tornando-se cada vez mais tensos, culminando na Revolução Constitucionalista, movimento armado ocorrido no estado de São Paulo que tinha por objetivo derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte. Então, no auge da campanha, o Governo, sabendo da necessidade de reforçar suas posições e da escassez de elementos materiais e deficiência de munições, recorreu ao estado do Rio Grande do Sul para a fabricação de tudo quanto fosse possível para atingir seus objetivos; o Estado-Maior do Exército no Rio Grande do Sul procurou nos meios locais atender às imediatas necessidades, encontrando diversas dificuldades.
Foi neste cenário que José Gazola, ainda moço e que de longa data se vinha interessando pela metalurgia e correlatos, aproveitou a oportunidade e procurou contato com a chefia militar em Porto Alegre, prontificando-se a tentar o fabrico do material bélico procurado: a primeira granada fuzil, tipo V.B. (Viviam Brezière), desenhada pelos órgãos técnicos do antigo Arsenal de Guerra de Porto Alegre. Já em fins do mês de Julho de 1932, adquiriu algumas máquinas e, com urgência, organizou a firma “José Gazola e Cia.”, da qual faziam parte seus irmãos Antônio e Sílvio. Instalada a firma e montada a fábrica, foram iniciados os trabalhos e, trinta dias após o recebimento do desenho, José Gazola apresentou os primeiros exemplares do novo artefato bélico, com fabrico ainda inédito no Brasil; com êxito em todas as provas e experiências feitas na linha de tiro da Brigada Militar do Estado, José Gazola assinou o primeiro contrato de material bélico com o Governo Federal, para fornecimento às forças armadas brasileiras.
Terminada a Revolução Constitucionalista, os irmãos Gazola, depois de muitos estudos e pesquisas junto a firmas berlinenses, instalaram a primeira fábrica no Brasil de espoletas para caça com a razão social “Gazola, Travi & Cia.”, por ocasião da associação de Marcos Travi. O êxito de suas operações foi grande, tanto que esta foi sondada por industriais paulistas, aos quais foi vendida a pequena mas bem montada fábrica de munições. A firma resolveu, então, após minuciosos estudos, importar equipamentos e instalar a primeira forja de cutelarias na região nordeste do Rio Grande do Sul, que foi a segunda em todo o Brasil. Enquanto José Gazola percorria o país pesquisando matérias-primas e lançando novos produtos, seus irmãos, Sílvio e Antônio, com operários ainda inexperientes, atendiam os serviços internos.
Mesmo com a qualidade de seus produtos e acabamento que consolidaram o nome de sua indústria em todo o território nacional, os irmãos Gazola enfrentaram muitas dificuldades, não apenas pela falta de mão de obra especializada, mas também pelo descrédito a que foi lançada a produção nacional, devido à falta de apoio e incentivo dos poderes públicos; obrigados a reverter os pequenos lucros em novo maquinário, conseguiram aumentar a empresa e também melhorá-la.
Já em 1939, novos acontecimentos, desta vez internacionais, alteraram os planos traçados pela empresa: a Segunda Guerra Mundial, iniciada na Europa, transformou o ambiente comercial e industrial pela suspensão da exportação de matérias-primas daquela origem; somente os Estados Unidos da América atendiam pedidos, originando uma corrida para obtenção de matéria-prima nacional. Começa, então, o período de racionamento e reaproveitamento, obrigando a metalurgia nacional a fabricar novos produtos para garantir sua sobrevivência. Apesar da segurança brasileira em relação à gravidade dos acontecimentos, já entre 1940 e 1942, o país começou a movimentar-se quanto à defesa e armamento, mobilizando a indústria para suprir do que viria a necessitar para a defesa e mobilização das Forças Armadas. José Gazola, ante a situação, reúne os membros da empresa e resolve viajar ao Rio de Janeiro, oferecendo seus serviços aos órgãos técnicos do Ministério da Guerra e da Marinha, que, embasados na experiência anterior de 1932, não tiveram dúvidas em aceitar.
A empresa iniciou, então, a fase de produção de material bélico, utilizando-se de motores a óleo, gasolina e gás pobre, devido à falta de energia elétrica suficiente, tudo sob a fiscalização técnica militar; por decreto (de 10 de Dezembro de 1942), a indústria Gazola foi declarada “de interesse militar”, fornecendo peças e elementos de munição para artilharia e infantaria, espoletas, detonadores, petardos, bujões para bombas de aviação e atuando na recuperação de carregadores para projéteis e outros objetos de guerra e precisão. A responsabilidade deste compromisso foi grande e exigiu o aumento de espaço: em amplo terreno de 30.000 m², devidamente arborizado e adaptado, foi estabelecida a segunda unidade industrial da empresa, destinada exclusivamente à confecção de material de guerra.
Agindo de forma intensa e acelerada, em 22/07/1943, uma violenta explosão, ainda com causa indeterminada, fez voar pelos ares o principal pavimento da nova fábrica, destruindo-o completamente e ocasionando na morte de cinco operárias. Assim, em questão de minutos, desaparecia todo o patrimônio da empresa, pois as instalações não estavam cobertas por seguro. Este desastre abalou profundamente os dirigentes da mesma, mas, estimulados pelas autoridades militares e civis do Estado e da União, o pavilhão foi reconstruído e equipado novamente, reiniciando o ritmo de trabalho que continuou até o término da Segunda Guerra, em 1945.
Em homenagem às vítimas da explosão, foi construído, ainda em 1943, o Marco em Memória às Moças Operárias, junto a um dos pavilhões de munições da empresa. Seu formato lembra um obelisco e possui uma placa de bronze; o marco foi tombado pelo Município de Caxias do Sul e lançado no Livro do Tombo em 30 de junho de 2003.
Em 1945, foi admitido um novo cotista: era José Ariodante Mattana, o que elevou o capital da empresa e, cessada a fabricação de material bélico em larga escala, foi iniciada a de artigos domésticos. Em 1946, recomeçou a fabricação de cutelarias finas, o que permitiu que a empresa entrasse novamente no mercado e buscasse nos Estados Unidos da América novas máquinas e equipamentos para enriquecer seu parque industrial, além do projeto de fabricação de projéteis perfurantes antitanques. Já em 1949, após estudos realizados em terras norte-americanas, as indústrias Gazola fecharam seu primeiro contrato para fornecimento de modelos 37 mm para as forças brasileiras.
Deste mesmo ano até 1952, sua produção aumentou consideravelmente, mas seus escritórios e expedição tornaram-se precários; pensando nisso, a empresa construiu um moderno edifício e transferiu a Direção e os setores de Contabilidade, de Mostruários e Expedição, além de uma loja de vendas a varejo – a “Brazex” – para o mesmo. A construção do “Edifício Brazex”, em linhas modernas, obedeceu ao chamado “estilo funcional”, dotada com equipamento de calefação, o que abriu uma nova era nas edificações de Caxias do Sul. Neste contexto, sua razão social muda novamente, passando a chamar-se “Indústria Metalúrgica Gazola Ltda.”, devido à saída dos quotistas Marcos e Otarino Travi. A direção ficou com José e Sílvio Gazola, José Ariodante Mattana e Ernesto Cecílio Russomanno assumiram como Subdiretores e Ivo Gazola como Chefe dos Escritórios.
O parque industrial da Indústria Metalúrgica Gazola Ltda., expandido e inaugurado em Março de 1966, era composto de duas unidades, onde funcionavam as máquinas operatrizes e gabinetes de desenho, de metrologia, de resistência dos materiais, de aparelhos de controle, de calibragem e cunhagem, além de produção de artefatos bélicos e de precisão, de munição e armas para caça, peças para máquinas automotoras e de usinagem, peças de precisão para automóveis e caminhões, engrenagens para caixas de câmbio e transmissão. As linhas “Elmo”, “Elmo Cutelaria”, “Elmo Inox”, “Elo”, “Gazola” e “Vulcano Munições” eram marcas registradas da empresa, que tinha, ainda, representantes e caixeiros viajantes em 18 estados brasileiros, além de uma unidade em Nova Iorque (EUA).
Em 1967, a empresa tornou-se sociedade anônima e, em 1971, realizou a abertura de seu capital na Bolsa de Valores de São Paulo. Em Março de 1974, foi inaugurada a nova fábrica de tesouras, com ampla divulgação na imprensa.
A partir de 1990, a companhia expandiu seu portfólio de produtos com o início da produção de panelas de aço inoxidável. Em 1999, ingressou no mercado de componentes e acessórios para implementos rodoviários.
Combalida por dificuldades financeiras, a empresa teve sua falência decretada em agosto de 2009. Um mês mais tarde, devido a recurso provido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, foi possibilitada a retomada de suas atividades – fato que só ocorreu em meados de Dezembro do mesmo ano. Desestruturada pelo período em que permaneceu fechada, a companhia não logrou sucesso em sua tentativa de recuperação e teve suas operações fabris encerradas em meados de 2010.
O registro de companhia aberta foi suspenso pela Comissão de Valores Mobiliários pela primeira vez em 16/04/2010, em virtude da não publicação de demonstrativos financeiros desde o exercício de 2008. Em maio de 2012, o registro foi definitivamente cancelado pela autarquia. Em 2013, parte do acervo da companhia foi adquirido por dois empresários e itens históricos de propriedade da empresa, tombados pelo município, começaram a ser catalogados com o objetivo de integrar um museu.
Em novembro de 2013, por ocasião da conclusão de processo sancionador conduzido pela Comissão de Valores Mobiliários, os administradores da empresa receberam condenações, na forma de multas e inabilitações de exercício de função em companhias abertas, sob a alegação de abuso de poder de controle.

Gemma Martinato Callegari
BR RS AHMJSA · Pessoa · n. 08/06/1923

Gemma Martinato Callegari nasceu no dia oito de junho de 1923, na cidade de Rio Grande, Rio Grande do Sul (Brasil), filha de Guerrino Martinato e de Marguerita Giacomini Martinato. Casou-se com Danilo Calegari, com quem teve três filhos. Estudou no Colégio São José, em Caxias do Sul, e em 1941 ingressou na Escola Superior de Educação Física (ESEF), em Porto Alegre (RS). Lecionou em Passo Fundo (RS) e no Grupo Escolar Getúlio Vargas, em Bento Gonçalves (RS). Em Caxias do Sul, lecionou no Colégio Estadual Henrique Emílio Meyer e na Escola Normal Duque de Caxias, posteriormente nomeada Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza.

Gentila Speggiorin Scotti
Pessoa · n. 1920-

Gentila Speggiorin Scotti (1920- ) nasceu em Travessão Thompson Flores, Nona Légua de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil). Trabalhou na tecelagem do Lanifício Matteo Gianella.
Fonte: informações obtidas na entrevista e em pesquisa realizada pela Unidade.