Alice Gasperin nasceu no ano de 1906 em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul (Brasil). Iniciou sua trajetória profissional como educadora na década de 1920 até meados dos anos 1960. Foi professora municipal desde os quatorze anos na região de Barracão, onde lecionou por vinte e quatro anos. Posteriormente, atuou como professora do Grupo Escolar Farroupilha. Sempre buscou aperfeiçoamento com leituras e cursos de atualização, além de ser uma estudiosa da imigração italiana, produzindo memórias autobiográficas e de sua comunidade. O primeiro livro, publicado em 1984 aos 78 anos de idade, foi “Vão Simbora: relatos de imigrantes italianos da Colônia Princesa Dona Isabel”, um registro de suas memórias, passando pelos avós imigrantes, pelos pais, pela comunidade e pela vida escolar. Em 1980, publicou o segundo livro, “Farroupilha: ex-colônia particular Sertorina” e aos 94 anos publicou “Ricordi della Colonia - Lembranças da Colônia”, escrito em dialeto. Alice Gasperin ocupou a cadeira número 7 da Academia Caxiense de Letras (ABL). Em 1990, foi convidada para ser a patrona da VII Feira do Livro de Caxias do Sul e, em 1996, recebeu o Título de Cidadã Caxiense. Faleceu em 2002.
Alexandro Pires de Souza nasceu no dia 22 de fevereiro de 1982, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil), filho de Nilva Dutra Pires e de Alécio Alves de Souza. No ensino fundamental estudou nas escolas: João Magalhães Filho, Emílio Meyer e Província de Mendonza. Tem curso técnico em moda e desde muito jovem tem o Carnaval como referência em sua vida. Começou no Carnaval atuando na escola de samba do Clube Gaúcho Protegidos da Princesa Isabel como passista e também foi carnavalesco da escola. Atuou também como carnavalesco na escola XV de Novembro. Atualmente desfila na escola de samba Estação Primeira de Mangueira, no Rio de Janeiro. Coordena a Unidade de Arte e Cultura Popular da Secretaria de Cultura de Caxias do Sul. Fonte: informações obtidas na entrevista e em pesquisa realizada pela Unidade.
Aldo Pedro Fedrizzi nasceu no dia 07 de agosto de 1920, na localidade de São Romédio, situado no Travessão Santa Teresa da Quinta Légua de Caxias do Sul. Era filho de Antonio Fedrizzi e Eliza Gollo Fedrizzi e neto de Celeste Fedrizzi e Raimunda Webber Fedrizzi. Casou-se no dia 04 de maio de 1946, na Catedral Diocesana Santa Teresa, com Aládia Celínia Pedron, nascida aos 21 de outubro de 1923 e filha de Luminato Pedron e Maria Segat Pedron. O pai de Aládia, Luminato Pedron, foi um grande empresário, proprietário de cantina de vinhos e um dos primeiros sócios da Sociedade Vinícola Rio Grandense Ltda.; foi sócio, ainda, de uma empresa de materiais de construção, além de possuir sociedade em outros ramos de negócios.
Aldo e Aládia tiveram três filhos: Aldo José Pedron Fedrizzi, nascido a 23 de abril de 1956 (casou-se com Jaqueline de Azevedo e tiveram um filho, chamado Arthur de Azevedo Fedrizzi, nascido em 25 de janeiro de 1993; Arthur nascera surdo, como o pai); Arnaldo Pedron Fedrizzi, nascido a 22 de janeiro de 1958 e Arlete Regina Pedron Fedrizzi, nascida a 18 de Março de 1960.
Aldo foi fundador do Instituto de Educação de Surdos (em 22 de agosto de 1960), visando não só um tratamento para o filho bem como um auxílio a outros pais que também tiveram filhos com a mesma necessidade especial. Aldo José foi o primeiro aluno matriculado da instituição, localizada na Vila Kayser e anexa ao Grupo Escolar João Paternoster, atual Escola Olga Maria Kayser. Aldo foi buscar em Porto Alegre o professor surdo David Battastini Filho para ministrar aulas ao filho e aos demais alunos que estavam sendo matriculados na Instituição. O Instituto usou esta sala do grupo escolar Paternoster por pouco tempo, pois, entre os meses finais de 1960 até o início de março de 1961, o Instituto de Educação de Surdos usou uma construção de madeira que foi a biblioteca Monteiro Lobato, no Parque Infantil Monteiro Lobato, no então Bairro Guarany, atual bairro Exposição.
Em março de 1961, mudou-se para o Colégio Estadual Henrique Emílio Meyer; em agosto de 1963, o instituto retornou para o local onde estava a biblioteca (Rua Santos Dumont, próximo da MAESA), mas com nova sede: um prédio em alvenaria, onde permaneceu de 1963 a 1986. Atualmente (2016), no mesmo prédio inaugurado em 1963, funciona a Sociedade dos Surdos de Caxias do Sul e o Centro de Atenção Psicossocial.
Aldo Pedro Fedrizzi faleceu aos 04 de maio de 1992 e Aládia Celínia Pedron Fedrizzi faleceu aos 27 de Outubro de 2014.
Aldo Antônio De Antoni (1928-2004) filho de Aurélia D’Agostini De Antoni e Evaristo De Antoni, industrial e proprietário da Oficina Mecânica e Agrícola de Evaristo de Antoni & Cia. Em 1908, a empresa iniciou a produção das primeiras trilhadeiras inteiramente brasileiras, e em 1912 transferiu-se para novas instalações, prosperando por mais de 90 anos. Aldo deu continuidade aos negócios da família.
Fonte: informações obtidas na entrevista e em pesquisa realizada pela Unidade.
Nasceu em 1902, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul (Brasil). Filho de Rafael da Silva, auxiliar de engenheiro da Intendência de Santa Maria, e de Malvina Gonçalves da Silva. Em Santa Maria, o entrevistado trabalhou como impressor e cobrador no Jornal Correio da Serra e na Livraria do Globo. Por volta de 1920 mudou-se para Caxias do Sul, onde inicialmente trabalhou na Estação Férrea. Nessa mesma década, colaborou na criação da União Operária. Após a Lei da Sindicalização de 1931, atuou na organização de quatro associações sindicais: dos Metalúrgicos, dos Trabalhadores da Indústria de Vinho, Cervejas e Bebidas em Geral, do Mobiliário e dos Trabalhadores em Pele. Em Caxias do Sul, foi um dos fundadores da União Sindicalista, posteriormente chamada de Sindicatos Reunidos, bem como do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) em 1945. Após o Golpe Civil Militar (1964), atuou na criação do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) na cidade. Trabalhou como serralheiro na Industrial Madeireira Ltda até 1966. Faleceu em 17 de novembro de 1998.
Dados extraídos da entrevista.