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Registro de autoridade
José Rubens Pedroso
BR RS AHMJSA · Pessoa · n. 1940

Nasceu em 1940 na localidade de São Jorge da Mulada, em Criúva, no município de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil), onde viveu até os dezoito anos. Nesse local, trabalhou na agricultura como apoio à subsistência familiar. Filho de Cirino Xavier Pedroso, “estafeta” responsável pela correspondência local, e de Maria Felícia Pedroso. O entrevistado saiu da área colonial com dezoito anos para ingressar no serviço militar em Bento Gonçalves (RS). Após esse período, trabalhou nove anos na Cantina Luís Michielon, em Caxias do Sul, de onde foi demitido por conta da atuação no Sindicato da Alimentação e Bebidas. Realizou o ginásio e o científico no Colégio Noturno para Trabalhadores, atual Escola Presidente Vargas, nessa cidade. Atuou no Grêmio Estudantil, como vice da chapa encabeçada à época por Paulo Paim, congressista brasileiro. Cursou matrizaria, eletricidade e tornearia no Serviço Nacional de Indústria (SENAI). Aproximou-se das ideias comunistas devido ao contato de seu pai com o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e ao ouvir os discursos políticos de Percy Vargas de Abreu e Lima. Em 1968, ingressou na Vanguarda Revolucionária Palmares (VAR Palmares). Foi preso por agentes do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) e torturado por militares em Porto Alegre. Atuou clandestinamente no Partido Comunista do Brasil (PCdoB) após a prisão. Foi presidente da Associação de Moradores do Bairro Cruzeiro, atuou no Conselho Municipal de Saúde, na União das Associações de Bairro (UAB) e no Sindicato dos Funcionários Públicos, em Caxias do Sul. Aposentou-se como servidor público da área de manutenção da Secretaria Municipal de Educação.
Dados extraídos da entrevista.

José Paulo Moraes
Pessoa · n. 10/10/1959

José Paulo de Moraes nasceu no dia dez de outubro de 1959, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil), filho de José Correa de Moraes e Maria Felícia de Moraes. Metalúrgico por vinte e oito anos, seu amor pelo Carnaval vem desde a sua infância. Presidente do Clube Gaúcho por três anos, sempre muito atuante e dedicado ao clube. Contribuiu em muitos desfiles na confecção de carros alegóricos para a Escola de Samba Protegidos da Princesa. Casado com Joceli Barbosa de Moraes, o casal tem dois filhos. Fonte: informações obtidas na entrevista e em pesquisa realizada pela Unidade.

José Ariodante Mattana
Pessoa · n. 1907- f. 2000

José Ariodante Mattana (1907-2000), engenheiro, atuou na administração municipal na diretoria de obras, no período de 1929 a 1946, na qual teve atuação fundamental no desenvolvimento de Caxias na primeira metade do século 20. Integrou as equipes dos prefeitos Thomaz Beltrão de Queiroz (1928 a 1930), Miguel Muratore (1930 a 1934) e Dante Marcucci (1935 a 1947). Entre outras ações, Mattana coordenou o projeto da Praça da Bandeira, em 1935, e supervisionou as diversas fases de construção e remodelação da Praça Dante Alighieri, cujo maior impulso deu-se em 1942. Foi fundador do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simecs) em 1957. Participou de outras entidades, como a Società di Mutuo Soccorso Principe di Napoli, da qual foi o primeiro presidente. Acionista da Indústria Metalúrgica Gazola, exerceu diversas funções na empresa, até tornar-se subdiretor. Neste cargo, permaneceu até aposentar-se, em 1972. Foi quando passou a assessorar a direção da empresa. José Mattana acompanhou a trajetória ascendente de Caxias do Sul, com seu trabalho de transformar a cidade na segunda metrópole do Rio Grande do Sul. Em 1930, casou-se com Anna Resende e tiveram três filhos: Beatriz, Ubirajara e Jacyra.
Fonte: informações obtidas na entrevista e em pesquisa realizada pela Unidade e site do Memorial Gazola.

José Alberione dos Reis
Pessoa · n. 03/09/1952

José Alberione dos Reis nasceu no dia três de setembro de 1952 em Canela, Rio Grande do Sul (Brasil). Filho de Ariovaldo Castilhos e Maria Ana Castilhos dos Reis. No ensino fundamental frequentou o Ginásio Maria Imaculada e no ensino médio o Seminário Diocesano Nossa Senhora Aparecida e os Colégios La Salle e Carmo. Entre 1976 e 1978 atuou no Museu Municipal de Caxias do Sul. Trabalhou com o arqueólogo Fernando La Salvia com quem participou de escavações no Rio Grande do Sul. Possui graduação em História pela Universidade de Caxias do Sul (1993), mestrado em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1997) e doutorado em História pela Universidade Estadual de Campinas (2004). Foi professor da graduação em História na Universidade de Caxias do Sul (UCS) entre 1998 e 2010. A partir de 2010, atuou como professor do Bacharelado em Arqueologia e como pesquisador da Universidade Federal de Rio Grande (FURG). Permaneceu nessa instituição até a aposentadoria em 2022. Fonte: informações obtidas na entrevista e em pesquisa de currículo realizada pela Unidade.

Joel José Viana
Pessoa · n. 09/07/1955

Joel José Viana nasceu no dia nove de julho de 1955 em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil). Filho de Francisco Marques Viana e Rita Andrade Viana. No ensino fundamental frequentou a Escola Estadual de Ensino Fundamental Coronel Pena de Moraes e Escola Santo Antônio. O ensino médio concluiu no Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza. Iniciou a graduação em Administração de Empresas, mas não se identificou com a profissão, encontrando na música sua realização pessoal e profissional. Músico, integrou as bandas Lumiére Show, Lobo da Estepe, Brazilian Tropical Sound e Musical Abertura. Concursado do Banco do Estado do Rio de Janeiro, trabalhou como bancário desde a abertura até o fechamento da agência na cidade, por dezoito anos. Além de produtor musical e proprietário do JV Studio, é escritor de contos e livros publicados dentre eles: O carro preto, Um segredo a mais, O outro filho do meu pai, O suicida, entre outras produções. Fonte: informações obtidas na entrevista e em pesquisa realizada pela Unidade.

João Spadari Adami

João Spadari Adami, nasceu em Vila de Santa Tereza de Caxias, atual Caxias do Sul, no dia 11 de janeiro de 1897. Foi batizado em Nova Trento, hoje Flores da Cunha, no dia 07 de fevereiro de 1897. Filho de Francisco Adami e Silene Spadari Adami, naturais da Itália, respectivamente, de Castel Pietro, Tirol, e ela de Cremona.
João Spadari Adami, foi o primogênito da família e desde cedo apresentou uma personalidade forte. Não aceitava repreensões, à aula não queria ir de forma alguma, frequentando os bancos escolares por pouco tempo. Como não queria estudar, seus pais colocaram-no a aprender uma atividade rendosa e, assim, aos 9 anos ingressou como aprendiz no ofício de alfaiate e mais tarde no de barbeiro também. Aos 14 anos transferiu-se para Ana Rech como sócio de uma alfaiataria e barbearia. Em 1913 mudou-se para Antônio Prado para ajudar um primo por alguns dias, ficando lá por vários anos. Foi convocado pelo Exército Nacional servindo em Cruz Alta. Em 1923, de volta a Antônio Prado, começou a ler com mais assiduidade, passou também a escrever versos, originando-se nessa época o interesse pela história da imigração e consequentemente de sua terra natal.
Casou-se em 1921, com Etelvina de Castro Adami. Tiveram cinco filhos: Therezine Belkys, Victor Francisco, Serenita Maria, Miriam e Maria de Lourdes. Destes, faleceram 3, restando suas filhas Therezine Belkys e Serenita Maria.
A primogênita Therezine Belkys, casou com Joaquim Mano, tendo quatro filhos, Corali Terezinha, Wilson José, Edson João e Magda Regina. Serernita Maria, casou com Dionysio Guido Giazzon e tiveram uma filha, Eloisa Giazzon.
No ano de 1929, João Spadari Adami retornou a Caxias do Sul e daí em diante, dedicou-se, às pesquisas de fatos históricos que envolviam sua terra e sua gente, quer nos arquivos públicos, tanto do município, como do Estado, quer colhendo depoimentos de descendentes de imigrantes, para que pudesse completar a história do surgimento de Caxias do Sul. Em 10 de abril de 1950, o então Prefeito Municipal, Luciano Corsetti, através de Ato Oficial, solicitou a João Spadari Adami que se encarregasse de "garimpar" e pesquisar nos arquivos municipais, documentos relativos à colonização italiana. Esse serviço era feito à noite, com esmero e dedicação, gratuitamente, prolongando-se por meses, indo até altas horas da madrugada, tal o interesse que a história nele despertou.
Assim, o menino rebelde que havia cursado apenas até o terceiro ano primário, tornava-se, o cronista e incentivador da história de sua terra. Adami recebeu também o incentivo financeiro do empresário Julio João Eberle para publicar seus primeiros trabalhos.
Nos seus "escritos", como ele modestamente chama suas obras. Adami revela um grande respeito à verdade, obedecendo critérios rígidos, sem concessões para agradar ou desagradar a quem quer fosse. Escreveu e reescreveu as seguintes obras:: "Caxias do Sul" (1957); "História de Caxias do Sul", 1864-1962; "História de Caxias do Sul" (1966); "História de Caxias do Sul" 1864-1970 e "Festas da Uva" - 1881-1965.
Elaborou também outros trabalhos tais como : "Caxias e o elemento luso-brasileiro" (em que destaca a contribuição dos luso-brasileiros para o desenvolvimento de Caxias do Sul); "Caxias - a Pérola das Colônias"; "Meus tropeços com o italianismo"; "Escrevendo para mim"; "História da Música Caxiense" (Compôs a valsa "Bosques Floridos", dedicada a seus netos e a marcha "Viva a Festa da Uva", em 1950); "O início do futebol em Caxias do Sul" (Foi um dos fundadores do clube de futebol Esmeralda que se ligou posteriormente ao E. C. Juventude); "Dicionário dos Intelectuais Caxienses"; "Caxias do Sul e seus Monumentos"; "Antologia dos Intelectuais Caxienses".
Mas não parou aí a sua incansável atividade. Deixou prontos para serem publicados vários outros volumes: "História de Caxias do Sul - Exposições e Festas da Uva de 1881 a 1972" (que pediu para ser editado somente depois dos festejos do centenário da cidade); "História de Caxias do Sul - Sociais - 5º Tomo" e "História de Caxias do Sul - 700 documentos" para serem publicados quando do primeiro centenário da colonização e "História de Caxias do Sul - Início de seu magistério - 3º Tomo - 1875-1971" revisto, atualizado e publicado por sua irmã, Maria Adami Tcacenco, na década de l980.
Durante anos Adami teve a preocupação de divulgar o resultado de suas pesquisas não só através de seus “escritos”, mas também através do Centro Informativo da História Caxiense.
A Academia Caxiense de Letras foi fundada no dia 1º de junho do ano de 1962, sob o lema “Cultura, Facho Inextinguível”.É composta por quarenta Membros Acadêmicos Titulares juramentados em cerimônia pública, que constituem seu Quadro Ordinário e de um número indeterminado de membros nas seguintes categorias: a) correspondentes; b) honorários; c) históricos.A posse de uma cadeira acadêmica é de caráter vitalício, salvo renuncia ou exclusão do acadêmico que se dará na forma da legislação civil vigente à época do fato. São considerados Membros Acadêmicos Fundadores as trinta e nove pessoas que assinaram a ata de fundação estando entre eles João Spadari Adami.
Gratificado pela certeza de haver prestado um grande serviço à sua terra e cercado pelo carinho de seus familiares e amigos, João S. Adami, faleceu em 4 de dezembro de 1972, com 75 anos de idade, dos quais 49 dedicados à história de Caxias do Sul.
Todos os originais de suas obras bem como os documentos e as fotografias que recolheu nos anos de atividade como pesquisador, acham-se no Arquivo Histórico Municipal.
Segundo seus familiares Adami desejava que todos os seus originais e demais documentos fossem doados ao arquivo após sua morte. A sua vontade foi realizada pela viúva, D. Etelvina, que, em l975, entregou para o Museu Municipal todo o acervo. A documentação de Adami constituiu-se no núcleo inicial de documentos que deram origem ao Arquivo Histórico. Seus livros, artigos e crônicas, passaram a constituir-se em fontes de consulta obrigatória em nossa historiografia.
Em 11 de setembro de l997, pela Lei Ordinária nº 4.704, o Arquivo Histórico passou a denominar-se Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami em homenagem a este cidadão que, em meio a dificuldades econômicas encontrou tempo para dedicar-se à pesquisa e muitas vezes salvar documentos históricos de suma importância para a cidade e região.
Citando Virgílio Zambenedetti: “João Spadari Adami, na verdadeira acepção, é um historiador culto e diferente. Pesquisador de reminiscência e historiógrafo por excelência, revê o passado e o vasculha avidamente para fazer emergir os fatos históricos do nosso município.” «

João Ruaro Filho
BR RS AHMJSA · Pessoa · n. 17/02/1938 f. 14/04/2016

Nasceu em 17 de fevereiro de 1938, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil). Filho do curtumeiro e oleiro João Ruaro Filho e de Maria Lídia Andrade Ruaro. A partir dos seis anos de idade viveu em São Francisco de Paula (RS), de onde mudou-se para servir na Base Aérea de Gravataí (RS). Em Porto Alegre (RS), estudou na Escola Estadual Dom João Becker, na Vila do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários (IAPI). Na capital atuou no Movimento Estudantil, militou no Partido Comunista Brasileiro (PCB), clandestino à época, e participou do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Calçados. Ao retornar a Caxias, ingressou na Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR Palmares). Foi preso em Porto Alegre (RS) e em São Paulo (SP). Em São Paulo foi torturado, passou pela Operação Bandeirantes e pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) e permaneceu preso por um ano e oito meses (1970-1972). Novamente em Caxias do Sul, voltou a ingressar no PCB. Em 1982, foi eleito vereador na cidade pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) devido à clandestinidade do PCB. Faleceu no dia 14 de abril de 2016.
Dados extraídos da entrevista.

João Ayrton Heller Netto
Pessoa · n. 04/04/1943

João Ayrton Heller Netto nasceu no dia quatro de abril de 1943 em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil). Economista, atualmente residente em Curitiba e proprietário da Pick-up Acessórios para caminhonetes. O radioamadorismo é seu hobby. Casado com Ana Maria Bragagnolo, o casal tem dois filhos, Fabiana e Gustavo. Fonte: informações obtidas na entrevista.