Nasceu em 29 de novembro de 1943, no Bairro de Ana Rech, Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil). Filho de Liberato Fávero, agricultor e motorista de táxi e caminhão, e de Maria Mazzochi Fávero, agricultora, costureira e auxiliar de cozinha. Realizou o ginásio no Colégio Murialdo, o Científico no Colégio Estadual Cristóvão de Mendoza, onde iniciou a militância no movimento estudantil, e no Colégio Estadual Júlio de Castilhos, o “Julinho”, de Porto Alegre (RS). Segundo o entrevistado, a política sempre esteve presente na vida familiar, já que o pai admirava Getúlio Dornelles Vargas (1882-1954) e Leonel de Moura Brizola (1922-2004). A leitura das memórias de Simón Bolívar, das obras de José Ingenieros e de Erich Fromm, e dos preceitos da Teologia da Libertação também exerceram influência na sua formação política. Participou do Clube Pan-americano do Cristóvão de Mendoza, atuou na presidência da União Caxiense de Estudantes Secundaristas (UCES) e da União Gaúcha de Estudantes Secundaristas (UGES), entre 1966 e 1968. Manteve contato e trocas culturais com militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB), embora jamais tenha se filiado. Atuou na organização da Vanguarda Revolucionária Palmares (VAR Palmares) em Caxias do Sul. Em 1969, com o recrudescimento do Regime Civil Militar e a perseguição dos órgãos de repressão do Estado, mudou-se com a esposa Clari Izabel Dedavid Fávero para Nova Aurora, no interior do Paraná. Nesse local, o casal trabalhou na alfabetização e na conscientização de agricultores a partir da metodologia de Paulo Freire. O entrevistado foi perseguido, preso e torturado durante o regime civil militar (1964-1985). Viveu no exílio, no Chile e na França, com a esposa e companheira de luta, Clari Izabel Dedavid Fávero. Durante o período no Chile, entre de janeiro de 1972 e dezembro de 1973, trabalhou em uma empresa de móveis como interventor (gerente) da Unidade Popular (UP) do então presidente Salvador Allende. No local, estabeleceu uma relação de diálogo com os funcionários e reorganizou a empresa. Com o golpe que derrubou esse governo, ingressou com a esposa no campo de refugiados da ONU e recebeu a solidariedade e o apoio financeiro de colegas e operários da empresa onde trabalhava. A instauração da ditadura chilena levou o casal a exilar-se na França. Nesse novo contexto, Fávero trabalhou com educação popular, além de realizar a graduação e o mestrado em Administração Econômica e Social na Universidade Paris VII e o Doutorado em Economia e Sociologia Rural, na Université de Paris X (Paris-Nanterre), em 1983. Atuou na coordenação da política exterior para América Latina e Caribe, a convite do governo de François Miterrand. Participou da fundação e da organização do Comitê Brasileiro pela Anistia. Com a abertura política no Brasil, o casal retornou ao país em 1985. Fávero recebeu o convite de Miguel Arraes para se estabelecer no estado de Pernambuco. Nesse estado, trabalhou na Comissão Estadual de Planejamento Agrícola e na Universidade Federal Rural de Pernambuco, além de desenvolver o projeto inovador "Banco de Caixas”, que tinha por objetivo o acondicionamento de frutas e verduras na CEASA, central de abastecimento público privada. Em 2004, Luiz Andrea concluiu o Pós-doutorado em Mercados Agrícolas Globalizados, na Université de Paris I Sorbonne (2004). Faleceu em 24 de fevereiro de 2011.
Dados extraídos da entrevista e do Currículo Lattes.
Lucila Guedes de Oliveira nasceu no dia seis de março de 1970, natural de Dom Pedrito, Rio Grande do Sul (Brasil), filha de Luís Moura Oliveira e Zaira Guedes de Oliveira. Professora Licenciada em Arte, trabalha na Rede Municipal de Ensino de Caxias do Sul e Farroupilha, e também no curso de Artes Visuais na Universidade de Caxias do Sul. Doutora e Mestra em Educação pela Universidade de Caxias do Sul, possui especialização em: Arte/Educação pela Faculdades Integradas de Amparo; Informática Educativa pela Faculdade Anglo-Americano; Coordenação Pedagógica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Participou do movimento da implementação da Base Nacional Comum Curricular como Assessora Pedagógica no Núcleo de Estudos e Pesquisa (NEP, 2018-2019). Integrou o Núcleo Permanente Qualificar a Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER, 2023) da Secretaria Municipal da Educação de Caxias do Sul. Coordenou o Núcleo Técnico/Científico de Educação, Pesquisa e Comunicação da Diretoria de Museus e Memória de Caxias do Sul (2022). Atualmente é Membro do GT-26 do Tribunal de Contas da União do Rio Grande do Sul, com estudos e monitoramento da Lei 10.639/2003.
Fonte: informações obtidas na entrevista e coletadas do Lattes em 04/04/2025.
Louseno Menegotto nasceu no dia nasceu no dia 25 de junho de 1928, filho de Luiz Menegotto e de Laura Maria Ramon Menegotto, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil). Estudou no Seminário Nossa Senhora Aparecida e no Seminário Maior Conceição, em São Leopoldo. Cursou Direito em Caxias do Sul. Foi professor no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) de 1951 a 1976. Casou-se com Syria Antônia Detânico em 1955, com quem teve duas filhas e um filho. Fundou a Eletrônica Menegotto em 1959. Foi também um dos fundadores da empresa INTRAL (1950). Participou do Coral Santa Teresa. Atuou como vereador pela ARENA entre 1968 e 1972. Presidiu o Aeroclube de Caxias do Sul.
Lorena Maria Tomasi Chiaradia nasceu em 31 de outubro de 1934. Atuou na criação e na coordenação dos carros alegóricos da Festa da Uva, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil). No final da década de 1960, iniciou o trabalho na organização dos corsos alegóricos e na confecção dos carros, convidada por Isaac Pelegrino Menegotto. Em 1984, assumiu a coordenação dessas atividades.
Lorena Maria Tomasi Chiaradia (1934-2020). Atuou na criação e na coordenação dos carros alegóricos da Festa da Uva, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil). No final da década de 1960, iniciou o trabalho na organização dos corsos alegóricos e na confecção dos carros, convidada por Isaac Pelegrino Menegotto. Em 1984, assumiu a coordenação dessas atividades.
Fonte: informações obtidas na entrevista e em pesquisa realizada pela Unidade.
Líbera Bigarella Cavagnolli (1911-2006), filha de Benedito Bigarella (1866-1927) e de Luiza De Carli, imigrantes italianos do Veneto. Após o casamento (1890), já no Brasil, estabeleceram-se em Nova Pádua (Flores da Cunha), localidade que pertencia a Caxias à época. Libera era a mais jovem de treze filhos, aluna dedicada, aprendeu na escola e também com seu pai em casa. O pai era professor, agente dos correios e escrivão.
Fonte: informações obtidas nas entrevistas presentes no acervo e em pesquisa realizada pela Unidade.
Laura Maria Balconi Chiaradia nasceu em 5 de abril de 1925, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil), filha de João Balconi e da imigrante italiana Giulia Del Angelo, proveniente de Bergamo, na Lombardia. Casou-se em 14 de setembro de 1945 com Giovanni Chiaradia com quem teve três filhos. Foi professora alfabetizadora no Grupo Escolar Henrique Emílio Meyer a partir da década de 1950 até meados de 1970. Faleceu em 2017.