Isabel Daneluz nasceu no dia doze de novembro de 1944 em Santa Lúcia do Piaí, município de Caxias do sul (RS), filha de Atílio Frizzo e Vitalina Ferrazza Frizzo. Estudou na Escola Madre Imilda, onde realizou a formação de nível médio em magistério. A entrevistada foi professora de alfabetização. Casou-se em janeiro de 1973 com Juvelio Daneluz. Iniciou a docência na escola de Santa Lúcia do Piaí. Na Escola Aquilino Zatti foi professora até aposentar-se.
Isaura Mano Bonho (1920-2015) nasceu em Caxias do Sul, filha de Guilherme Mano e de Quitéria Rodrigues Mano, imigrantes portugueses oriundos da Praia da Granja, no Porto. A família imigrou para a região na década de 1910, atraída pela oportunidade de trabalho na tanoaria, que fornecia barris para as vinícolas locais. Isaura gostava de participar das peças de teatro promovidas pelo irmão, Antônio Mano, personalidade atuante nas artes cênicas de Caxias do Sul. A entrevistada casou-se com Valentim Bonho e atuou como auxiliar de disciplina nas escolas.
Fonte: informações obtidas na entrevista e em pesquisa realizada pela Unidade.
João Ayrton Heller Netto nasceu no dia quatro de abril de 1943 em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil). Economista, atualmente residente em Curitiba e proprietário da Pick-up Acessórios para caminhonetes. O radioamadorismo é seu hobby. Casado com Ana Maria Bragagnolo, o casal tem dois filhos, Fabiana e Gustavo. Fonte: informações obtidas na entrevista.
Nasceu em 17 de fevereiro de 1938, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil). Filho do curtumeiro e oleiro João Ruaro Filho e de Maria Lídia Andrade Ruaro. A partir dos seis anos de idade viveu em São Francisco de Paula (RS), de onde mudou-se para servir na Base Aérea de Gravataí (RS). Em Porto Alegre (RS), estudou na Escola Estadual Dom João Becker, na Vila do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários (IAPI). Na capital atuou no Movimento Estudantil, militou no Partido Comunista Brasileiro (PCB), clandestino à época, e participou do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Calçados. Ao retornar a Caxias, ingressou na Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR Palmares). Foi preso em Porto Alegre (RS) e em São Paulo (SP). Em São Paulo foi torturado, passou pela Operação Bandeirantes e pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) e permaneceu preso por um ano e oito meses (1970-1972). Novamente em Caxias do Sul, voltou a ingressar no PCB. Em 1982, foi eleito vereador na cidade pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) devido à clandestinidade do PCB. Faleceu no dia 14 de abril de 2016.
Dados extraídos da entrevista.
João Spadari Adami, nasceu em Vila de Santa Tereza de Caxias, atual Caxias do Sul, no dia 11 de janeiro de 1897. Foi batizado em Nova Trento, hoje Flores da Cunha, no dia 07 de fevereiro de 1897. Filho de Francisco Adami e Silene Spadari Adami, naturais da Itália, respectivamente, de Castel Pietro, Tirol, e ela de Cremona.
João Spadari Adami, foi o primogênito da família e desde cedo apresentou uma personalidade forte. Não aceitava repreensões, à aula não queria ir de forma alguma, frequentando os bancos escolares por pouco tempo. Como não queria estudar, seus pais colocaram-no a aprender uma atividade rendosa e, assim, aos 9 anos ingressou como aprendiz no ofício de alfaiate e mais tarde no de barbeiro também. Aos 14 anos transferiu-se para Ana Rech como sócio de uma alfaiataria e barbearia. Em 1913 mudou-se para Antônio Prado para ajudar um primo por alguns dias, ficando lá por vários anos. Foi convocado pelo Exército Nacional servindo em Cruz Alta. Em 1923, de volta a Antônio Prado, começou a ler com mais assiduidade, passou também a escrever versos, originando-se nessa época o interesse pela história da imigração e consequentemente de sua terra natal.
Casou-se em 1921, com Etelvina de Castro Adami. Tiveram cinco filhos: Therezine Belkys, Victor Francisco, Serenita Maria, Miriam e Maria de Lourdes. Destes, faleceram 3, restando suas filhas Therezine Belkys e Serenita Maria.
A primogênita Therezine Belkys, casou com Joaquim Mano, tendo quatro filhos, Corali Terezinha, Wilson José, Edson João e Magda Regina. Serernita Maria, casou com Dionysio Guido Giazzon e tiveram uma filha, Eloisa Giazzon.
No ano de 1929, João Spadari Adami retornou a Caxias do Sul e daí em diante, dedicou-se, às pesquisas de fatos históricos que envolviam sua terra e sua gente, quer nos arquivos públicos, tanto do município, como do Estado, quer colhendo depoimentos de descendentes de imigrantes, para que pudesse completar a história do surgimento de Caxias do Sul. Em 10 de abril de 1950, o então Prefeito Municipal, Luciano Corsetti, através de Ato Oficial, solicitou a João Spadari Adami que se encarregasse de "garimpar" e pesquisar nos arquivos municipais, documentos relativos à colonização italiana. Esse serviço era feito à noite, com esmero e dedicação, gratuitamente, prolongando-se por meses, indo até altas horas da madrugada, tal o interesse que a história nele despertou.
Assim, o menino rebelde que havia cursado apenas até o terceiro ano primário, tornava-se, o cronista e incentivador da história de sua terra. Adami recebeu também o incentivo financeiro do empresário Julio João Eberle para publicar seus primeiros trabalhos.
Nos seus "escritos", como ele modestamente chama suas obras. Adami revela um grande respeito à verdade, obedecendo critérios rígidos, sem concessões para agradar ou desagradar a quem quer fosse. Escreveu e reescreveu as seguintes obras:: "Caxias do Sul" (1957); "História de Caxias do Sul", 1864-1962; "História de Caxias do Sul" (1966); "História de Caxias do Sul" 1864-1970 e "Festas da Uva" - 1881-1965.
Elaborou também outros trabalhos tais como : "Caxias e o elemento luso-brasileiro" (em que destaca a contribuição dos luso-brasileiros para o desenvolvimento de Caxias do Sul); "Caxias - a Pérola das Colônias"; "Meus tropeços com o italianismo"; "Escrevendo para mim"; "História da Música Caxiense" (Compôs a valsa "Bosques Floridos", dedicada a seus netos e a marcha "Viva a Festa da Uva", em 1950); "O início do futebol em Caxias do Sul" (Foi um dos fundadores do clube de futebol Esmeralda que se ligou posteriormente ao E. C. Juventude); "Dicionário dos Intelectuais Caxienses"; "Caxias do Sul e seus Monumentos"; "Antologia dos Intelectuais Caxienses".
Mas não parou aí a sua incansável atividade. Deixou prontos para serem publicados vários outros volumes: "História de Caxias do Sul - Exposições e Festas da Uva de 1881 a 1972" (que pediu para ser editado somente depois dos festejos do centenário da cidade); "História de Caxias do Sul - Sociais - 5º Tomo" e "História de Caxias do Sul - 700 documentos" para serem publicados quando do primeiro centenário da colonização e "História de Caxias do Sul - Início de seu magistério - 3º Tomo - 1875-1971" revisto, atualizado e publicado por sua irmã, Maria Adami Tcacenco, na década de l980.
Durante anos Adami teve a preocupação de divulgar o resultado de suas pesquisas não só através de seus “escritos”, mas também através do Centro Informativo da História Caxiense.
A Academia Caxiense de Letras foi fundada no dia 1º de junho do ano de 1962, sob o lema “Cultura, Facho Inextinguível”.É composta por quarenta Membros Acadêmicos Titulares juramentados em cerimônia pública, que constituem seu Quadro Ordinário e de um número indeterminado de membros nas seguintes categorias: a) correspondentes; b) honorários; c) históricos.A posse de uma cadeira acadêmica é de caráter vitalício, salvo renuncia ou exclusão do acadêmico que se dará na forma da legislação civil vigente à época do fato. São considerados Membros Acadêmicos Fundadores as trinta e nove pessoas que assinaram a ata de fundação estando entre eles João Spadari Adami.
Gratificado pela certeza de haver prestado um grande serviço à sua terra e cercado pelo carinho de seus familiares e amigos, João S. Adami, faleceu em 4 de dezembro de 1972, com 75 anos de idade, dos quais 49 dedicados à história de Caxias do Sul.
Todos os originais de suas obras bem como os documentos e as fotografias que recolheu nos anos de atividade como pesquisador, acham-se no Arquivo Histórico Municipal.
Segundo seus familiares Adami desejava que todos os seus originais e demais documentos fossem doados ao arquivo após sua morte. A sua vontade foi realizada pela viúva, D. Etelvina, que, em l975, entregou para o Museu Municipal todo o acervo. A documentação de Adami constituiu-se no núcleo inicial de documentos que deram origem ao Arquivo Histórico. Seus livros, artigos e crônicas, passaram a constituir-se em fontes de consulta obrigatória em nossa historiografia.
Em 11 de setembro de l997, pela Lei Ordinária nº 4.704, o Arquivo Histórico passou a denominar-se Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami em homenagem a este cidadão que, em meio a dificuldades econômicas encontrou tempo para dedicar-se à pesquisa e muitas vezes salvar documentos históricos de suma importância para a cidade e região.
Citando Virgílio Zambenedetti: “João Spadari Adami, na verdadeira acepção, é um historiador culto e diferente. Pesquisador de reminiscência e historiógrafo por excelência, revê o passado e o vasculha avidamente para fazer emergir os fatos históricos do nosso município.” «
Joel José Viana nasceu no dia nove de julho de 1955 em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil). Filho de Francisco Marques Viana e Rita Andrade Viana. No ensino fundamental frequentou a Escola Estadual de Ensino Fundamental Coronel Pena de Moraes e Escola Santo Antônio. O ensino médio concluiu no Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza. Iniciou a graduação em Administração de Empresas, mas não se identificou com a profissão, encontrando na música sua realização pessoal e profissional. Músico, integrou as bandas Lumiére Show, Lobo da Estepe, Brazilian Tropical Sound e Musical Abertura. Concursado do Banco do Estado do Rio de Janeiro, trabalhou como bancário desde a abertura até o fechamento da agência na cidade, por dezoito anos. Além de produtor musical e proprietário do JV Studio, é escritor de contos e livros publicados dentre eles: O carro preto, Um segredo a mais, O outro filho do meu pai, O suicida, entre outras produções. Fonte: informações obtidas na entrevista e em pesquisa realizada pela Unidade.