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Thomaz Ferreira de Almeida

Nasceu em 1907, na cidade de Assis, no estado de São Paulo (Brasil), filho de um militar da marinha que participou da Revolução Federalista de 1893. Atuava como pedreiro da construção civil. Transferiu-se para Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, em meados da década de 1920. Integrou a União Sindicalista e foi um dos organizadores do Sindicato da Construção Civil. Por volta de 1935, foi secretário da União Sindicalista. Participou ativamente do jornal “Voz do Povo”, periódico local de orientação comunista. Foi preso com a repressão instaurada após a Intentona Comunista e o advento do Estado Novo (1937-1945). Morou em Porto Alegre (RS), entre 1954 e 1977, devido à dificuldade de reinserir-se formalmente no mercado de trabalho caxiense após a prisão política.

Ulysses Geremia
Pessoa · n. 1911 - f. 2001

Ulysses Geremia (1911-2001), filho de Giacomo Geremia (1880 -1966) e Ida Zaccara Geremia, foi um dos mais importantes fotógrafos de Caxias do Sul. Cursou o ensino primário no Colégio Nossa Senhora do Carmo e seguiu seus estudos no Colégio Dante Alighieri, em Porto Alegre, instituição subsidiada pelo governo italiano. Por influência do pai, matriculou-se no curso comercial, que abrangia também o estudo do idioma e da cultura italiana. Aprendeu com Giacomo o ofício da fotografia e iniciou seu trabalho profissional no estúdio dele, o Studio Geremia, na década de 1930. Casou-se com Zelia Bazi, com quem teve dois filhos. Realizou extensa obra na retratística e na documentação da paisagem urbana e dos principais acontecimentos da cidade até a década de 1990. Seus trabalhos estão espalhados por todo o estado. Parte desse acevo foi adquirida pela Administração Municipal de Caxias do Sul em 2002 e parte Ulysses doou em vida ao Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami. Abrangendo a produção realizada no período entre 1911-1997, essas fontes documentais testemunham a evolução dos processos fotográficos e revelam padrões estéticos de diferentes épocas, seja no contexto público ou privado.
Fonte: informações obtidas nas entrevistas e em pesquisa realizada pela Unidade.

Unidade Banco de Memória Oral
BR RS AHMJSA BMO · Entidade coletiva · 1980

A Unidade Banco de Memória Oral iniciou suas atividade em 1980 e está em constante ampliação de seu corpus documental com o registro da memória de diferentes sujeitos e comunidades por meio de entrevistas semidirigidas.

A História Oral é a metodologia de pesquisa e registro de fontes voltadas ao estudo da História, da Antropologia e das Ciências Sociais. Consiste na realização e transcrição de entrevistas com pessoas que testemunharam os acontecimentos de seu tempo ou guardam na memória narrativas herdadas de outras gerações: pais, avós ou pessoas mais velhas.
O Banco de Memória do Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami tem como primeira entrevista a história de vida da senhora Aurora Pezzi Ungaretti (1893-1997), em que as lembranças se entrelaçam à história dos primeiros imigrantes italianos e à formação da fisionomia urbana de Caxias do Sul. Mantendo a continuidade do trabalho, o setor conta com mais de mil entrevistas realizadas.

As entrevistas versam sobre diferentes temas: histórias de vida, política, educação, cultura, arte, associativismo, industrialização, sindicalismo, religião, esporte, entre outros. Os relatos também retratam a vida cotidiana, revelando valores, costumes, hábitos e a trama das relações sociais e familiares. A faixa etária dos entrevistados, oriundos de diversos segmentos sociais, se estende dos 20 aos l06 anos, o que é representativo para uma cidade que recebeu seus primeiros colonizadores em 1875. A lembrança de um passado tão recente permite a recomposição do cotidiano rural e urbano de nossa cidade.

Por trabalhar com “arquivos vivos”, o Banco de Memória oportuniza fontes históricas que, no seu conjunto, transcendem a memória individual integrando-se à memória coletiva. As narrativas complementam-se mutuamente, contribuindo para a construção de uma História Pública. Nesse sentido, a História Oral tem a sensibilidade de ouvir e reconhecer a riqueza do testemunho e, assim, pode dialogar com a historiografia oficial, com os documentos escritos; escutar a voz de diferentes sujeitos históricos para fazer a história de todos.

Valdir Vieira da Silva
Pessoa · n. 15/08/1964

Valdir Vieira da Silva nasceu no dia quinze de agosto de 1964 em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul (Brasil). Filho de Antenor Vieira da Silva e Noeli Pereira da Silva. Atuou mais de dezesseis anos junto à União das Associações de Bairros (UAB), como diretor de Cultura e de Etnias. Presidiu a Escola de Samba Império da Zona Norte por onze anos, e por três foi vice-presidente da Escola de Samba Unidos da Zona Norte. Reconhecido na cidade por ser líder comunitário do bairro Belo Horizonte. Foi homenageado com a Comenda Zumbi dos Palmares por todo o trabalho realizado junto à comunidade dos bairros e também por sua contribuição ao Carnaval da cidade.
Fonte: informações obtidas na entrevista, pesquisa realizada pela Unidade e site da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul.

Valter Romeu Casara
BR RS AHMJSA · Pessoa · n.25/08/1933

Nasceu em 25 de agosto de 1933, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. Filho de Frederico Casara, um dos fundadores do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) na cidade, e de Leonilda Garbim Casara. Estudou no Colégio São Carlos e no Colégio Nossa Senhora do Carmo, onde realizou o ensino primário e o ginásio. Em 1958, graduou-se na Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Porto Alegre (RS). Possui especialização em Administração Geral pela Universidade de Caxias do Sul(1998). Em 1959, ingressou na Universidade de Caxias do Sul (UCS) como professor do curso de Ciências Políticas e Econômicas. Foi diretor administrativo e financeiro da Metalúrgica Gazola S. A. Em 1992, deixou a função de diretor e passou a atuar como membro do Conselho de Administração da empresa. Após o Golpe Civil Militar de 1964, foi preso sem razão aparente ainda no mês de abril e enviado a Porto Alegre, onde permaneceu detido por dez dias. Ao retornar a Caxias, foi obrigado a assinar um controle de presença diariamente no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) durante um ano.
Informações extraídas da entrevista e do Currículo Lattes.